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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Um Passeio a Canha!


Agora que os dias se começam a alongar como se estivessem a espreguiçar para alcançarem a Primavera, apetece já, nos dias soalheiros, partir para um pequeno passeio, que seja perto de casa. Há, no concelho de Montijo, uma pequena vila, que guarda nas suas ruas o mistério da História, nas margens da sua ribeira lendas de Abu Yusuf Ya’qub al-Mansur e no rosto das suas gentes a hospitalidade de gente franca e serena, e que merece ser visitada. A vila chama-se Canha. Visitar Canha é parar o relógio. O passeio, a pé, pelas suas ruas leva-nos à pacatez do Alentejo, mas também ao descobrimento de um tempo marcado por um relógio intemporal; ao encontro de nós mesmos; ao benefício do usufruto da qualidade do ar e da pacata paisagem.
Lamenta-se o casario, que foi outrora belo, embora aqui e ali em ruínas ou em mau estado, mas, ainda assim, onde sobram apontamentos arquitectónicos a que a objectiva não se furtará. Canha orgulha-se da Ermida de S. Sebastião, ou Igreja da Misericórdia, que recebe, na rua principal, o visitante. Contudo, é à Senhora de Oliveira que Canha lança as suas preces e a festeja, em animada comemoração, em se aprontando Setembro para reinar. A Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Oliveira merece uma visita demorada. Não se conhece a primitiva igreja de Canha, que terá sido construída no século XII.


A actual Igreja de Nª Senhora de Oliveira foi instituída no século XVI e sofreu várias campanhas de obras ao longo dos séculos. Adossada à igreja existe uma capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário, datada também do séc. XVI, enquadrada por um belo arco de gosto renascentista e com as paredes revestidas de azulejos. Nesta capela é digno de admiração um retábulo de talha dourada, com tábuas pintadas que representam cenas da Vida de Nossa Senhora. As paredes laterais da Capela-Mor e o arco que a separa do corpo da Igreja são forradas com azulejos policromos do século XVII. O Rio Almansor, que em Canha toma o nome de Ribeira de Canha, convida a um passeio pelas suas margens e aconselha prudência a quem o utilizar. Quem suspire de nostalgia por um piquenique encontrará na Fonte Velha, também conhecida por Fonte do Povo, o sítio ideal para saborear a sua merenda. A água corre farta e pura, julga-se que desde, pelo menos, há 300 anos, de uma nascente protegida por uma abóbada; a sombra é frondosa, a paisagem recatada e acolhedora. Diz a tradição que Canha teve um castelo, mas, hoje, tirando a rua com esse nome, nada mais se conhece. Resiste, no entanto, o edifício onde funcionou a Câmara Municipal de Canha, o tribunal e a cadeia, em cuja fachada se destaca o arco sineiro com o Brasão Real de Portugal, e que hoje está transformado em quartel da Guarda Nacional Republicana. D. Afonso Henriques outorgou o primeiro foral a Canha. Novos tempos se abrirão à vila com a construção do aeroporto. Enquanto as máquinas não rugem e Canha não estremece da sua pacatez, aproveite, visite Canha!

Por: Rui Aleixo

2 comentários:

honorina disse...

Rui como sempre a escrever tão bem!

as viagens culturais tambem podem ser pelo nosso Espaço de Memórias...temos doc desde o inicio da Santa Casa
a arca onde se gurdama #o tesouro# a Mesa onde se decidiam os destinos do então Concelho de Canha..a 1ª escola ..as relações com as outras Associações

quando queres conhecer?

Honorina

honorina disse...

Rui na Ribeira de Canha ainda há lontras e garças reais..