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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Histórias Com História!


A importância do jornal “O Domingo” no movimento republicano em Aldeia Galega. Fundado em 1901 por José Augusto Saloio, foi publicado semanalmente até 1920, isto é durante dezanove anos este semanário contribuiu para promover as ideias republicanas, no concelho de Aldeia Galega. O Jornal era assumidamente republicano e defendia os ideais do Partido Republicano a nível local. O director do jornal “O Domingo”, José Augusto Saloio, era um militante muito activo do Partido Republicano e um grande activista dos ideais republicanos em Aldeia Galega. Participou no movimento republicano para a implantação da República na madrugada de 4 de Outubro de 1910. O Jornal “O Domingo” publicava uma coluna na primeira página “crónica de Lisboa”, assinada por José Anjos, que informava a população de Aldeia Galega sobre a política da capital. José Augusto Saloio que foi vogal e vice-presidente da Junta de Freguesia de Aldeia Galega, tem nome de travessa no centro de Montijo. Artéria que liga a Avenida 25 de Abril à Rua Comandante Francisco da Silva Júnior.

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL “O DOMINGO” SOBRE A IMPLANTAÇÃO
DA REPÙBLICA EM CANHA.

“A proclamação da República n’esta villa, fez-se sem alteração da ordem pública. Ás 6 horas da tarde do dia 5 a guarda republicana do Centro Affonso Costa juntou-se à Comissão Republicana e ao povo, sendo tomados os Paços do Concelho, onde immediatamente foi içada a bandeira republicana, salvando n’essa ocasião a guarda com 31 tiros. Em seguida tocaram os sinos a rebate e foram tomadas e deviamente selladas e lacradas as portas e janellas das escolas officiais, onde igualmente foram içadas as bandeira da República fazendo n’esse momento a guarda Republicana uma descarga de 18 tiros. Em seguida foi içada a bandeira republicana na Misericórdia e no alto da igreja matriz, depois dirigiu-se o povo, a Commissão Republicana e a guarda aos Paços do Concelho, onde o prezidente da Commissão Republicana em nome da Revolução se dirigiu ao povo mostrando-lhe estar proclamada da República Portugueza. O povo aclamou delirantemente Mário José Salgueiro, dando vivas à República, ao exército. Á marinha, ao povo portuguez, etc., salvando guarda a proclamação com 93 tiros. Depois a Commisão Republicana montou vários postos, pondo em cada um duas sentinellas armadas, que teem sido rendidas de 6 em 6 horas. O povo toda a noite percorreu as ruas em cortejo cuja multidão é calculada em 1000 pessoas de que faziam parte homens mulheres e crianças que cantavam a “Portugueza” e a “Marselheza, subindo ao ar inúmeros foguetes, o povo chorava de alegria e toda a gente se abraçava n’um entuziasmo indescriptível. Os sinos tocaram a rebate durante três dias e três noites seguidas, em cujo espaço de tempo pouca gente descançou. A guarda republicana tem continuado a fazer sentinellas, estando as entradas da villa tomadas, para evitar a passagem por aqui de jesuítas que porventura fujam à accção justiceira do Governo da República. A Commissão Republicana tem estado em sessão permanente e tomado várias deliberações.”

Por: José Bastos


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