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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Histórias Com História!


As Festas em honra da Nª Sª da Atalaia, realizam-se todos os anos, há séculos, no último domingo de Agosto. O Santuário da Atalaia, a 4 Km de Montijo, muito perto das Portas da Cidade, é o mais antigo ao Sul do Tejo. O monumento mais antigo é o cruzeiro grande, construído pela Confraria de Lisboa, em 1555, mas a lenda do aparecimento da senhora por cima de uma aroeira é muito mais antiga. À Festa Grande em Agosto vinham muitos milhares de pessoas dos arredores, de Lisboa, do Ribatejo e do Alentejo, organizados em círios. Em 1507, quando a peste grassou na cidade de Lisboa já o Círio de Oeiras vinha à Atalaia. No ano de 1823 vieram à Atalaia 34 Círios das mais diversas localidades. Ainda hoje vêm às Festas da Atalaia, onde têm casa própria para festas, os seguintes Círios: Círio da Azóia desde 1673, Olhos de Água desde 1723, Quinta do Anjo desde 1780, Carregueira desde 1833, ano da cólera morbus, Círio Novo desde 1945, resultado de um conflito no Círio da Carregueira. O Círio dos Marítimos de Alcochete, não tem casa na Atalaia, mas desde 1539 que lá vão na 2ª feira de Páscoa. Nos anos quarenta do século passado, o Montijo e a região despejavam-se para a Atalaia. Os que tinham mais recursos iam de casa mudada. A festa começava logo na Praça da República, onde embarcavam os passageiros nos autocarros, com bichas a darem a volta até à Estrada Nova. Ia também muita gente em carroças e galeras. Os Montijenses adoravam muito mais que hoje as festas em honra da Nossa Senhora da Atalaia. Nesta época ainda não existiam as Festas Populares de S. Pedro Era uma festa muito popular em que tudo, de bom, ou de mau ia parar à Atalaia. Ricos e pobres, deficientes a pedir esmola, carteiristas, prostitutas, jogos de sorte e de azar, barracas de tiro. A população residente na Atalaia, hoje freguesia, vivia exclusivamente da agricultura. Existe um museu agrícola na Atalaia, mesmo junto à escadaria do santuário e que é o mais completo do género da AML. Tem adega, lagar de azeite, alambique e muitos utensílios e alfaias agrícolas usados pelos nossos antepassados.


Por: José Bastos


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