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terça-feira, 26 de junho de 2012

Histórias Com História!

COMO COMEÇOU AS FESTAS de SÃO PEDRO - MONTIJO!



Imagem de S. Pedro, padroeiro dos pescadores, que se venera na Igreja do Divino Espírito Santo

São escassas as referências à classe piscatória da Vila de Aldeia Galega do Ribatejo/Montijo. Quando, no dia 20 de Julho de 1512, D. Jorge, Mestre da Ordem de Santiago, visitou a Igreja do Divino Espírito Santo, registou a existência de um altar de S. Pedro, na ombreira de uma das capelas. No século XVI, já estava instituída a Confraria dos Pescadores, que, além da ajuda e assistência que prestava aos seus confrades, tinha entre as suas obrigações a realização da festa anual do seu patrono, S. Pedro, no dia 29 de Junho, e a festa promovida pelo Círio dos Pescadores na Ermida de Nossa Senhora da Atalaia.



Tradicionalmente os pescadores levam o andor descalços




A Guarda Nacional Republicana abrilhanta a procissão




Benção do rio

Para assinalar o dia do patrono, a Confraria dos Pescadores procedia à eleição do juiz, do tesoureiro e de mais festeiros que, no ano seguinte, realizariam os festejos com o produto das quotas que os pescadores voluntariamente destinavam em cada cesto e dos lucros de cada bote de pescas e demais esmolas obtidas única e exclusivamente entre a classe piscatória. Segundo a visitação dos freires da Ordem de Santiago, feita em 2 de Novembro de 1607, os pescadores tinham mealheiros nos seus barcos nos quais recolhiam mensalmente as dádivas para a confraria, que as destinavam para custear a festa e, um terço delas, para a conservação do altar de S. Pedro.



Aspecto da decoração da Avenida dos Pescadores - 1952



Actual Avenida 25 de Abril

As festas de S. Pedro foram, na sua génese, uma manifestação corporativa, emanação da classe piscatória, pobre e laboriosa, que parava dois dias por ano para comemorar os seus santos padroeiros, S. Pedro e S. Marçal, nos dias 29 e 30 de Junho, no espaço geográfico do seu bairro. As festas celebravam-se com manifestações religiosas e profanas, celebração de Eucaristia, procissão, arraial, lavagem e queima do batel, que, segundo o jornal “Domingo”, de 29 de Junho de 1902, «persiste na festa dos nossos dias, como manifestação estereotipada, sem a chama nem a alma nem a magia de outrora.»
Extinta a Confraria, foram os donos das embarcações, arrais ou os pescadores mais afortunados, e mais tarde a Sociedade Cooperativa União Piscatória, que passaram a organizar as festas em honra de S. Pedro.



Sociedade Cooperativa União Piscatória - SCUP

A última notícia das Festas de S. Pedro, organizadas pelos pescadores, foi divulgada na “Gazeta do Sul”, em 9 de Julho de 1950:
«A exemplo dos anos anteriores, e como é da tradição no Bairro dos Pescadores, realizaram-se ali, nas noites e dias de S. Pedro e S. Marçal, 29 e 30 de Junho, as festas em honra destes Santos Populares.
Cantou-se e dançou-se animadamente, houve a tradicionalíssima e característica “lavagem” na Quinta do Saldanha no dia 30 (S. Marçal), a arrematação das bandeiras e o imprescindível e lauto almoço (...) ”.

Fonte: Montijo e Tanto Mar

1 comentário:

Anónimo disse...

Na foto em que se ve os pescadores a levar o andor, ve-se o meu avo Morgado. Tao giro! :)