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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Porque nos Chamamos Montijo?


Alde'a Gallega, segundo o pintor Pier Baldi [ Séc. XVII]

Em 1186, Aldeia Galega do Ribatejo era uma povoação ribeirinha constituída por coutos e herdades, quando D. Sancho I a doou aos cavaleiros da Ordem de Santiago de Espada. Vários documentos referem-se ao nome de Aldeia Galega do Ribatejo, como o contrato celebrado por Johã martinz dormyas, em 22 de Dezembro de 1370. Sobre a origem do nome dividem-se as opiniões. Há autores que sustentam, na esteira do Professor Rodrigues Lapa, que se denominava Galega por ter sido povoada por gálios (franceses), devido ao tipo de povoamento que ocorreu após a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, outros, porém, como o Professor José Landeiro defendem que o nome entrona nos vocábulos “galega”, que significa terreno áspero, charneca, campo bravio, e “aldeia”, pequena povoação. Aldeia galega seria, nesta acepção, uma povoação com terrenos áridos e pouco produtivos. Conta o Padre António Carvalho da Costa, na sua Corografia Portuguesa (1709) que «a vila de Aldeia galega tomou o nome de uma mulher chamada Alda, a galega, por ser oriunda das partes da Galiza, a qual tinha uma venda junto ao porto. E como os passageiros apelidavam o termo da sua jornada, impunham por esta parte (ir) até Alda a galega; donde unido o vocábulo ficou Aldagalega». O registo do Pe. António Carvalho da Costa é tido, hoje, como uma referência à lenda do nome da terra. Entre a lenda e a história se embalou o nome de Aldea Galega ortografado, ao longo do tempo, ao sabor da inspiração: Alda Gallega, Aldea Gallega, Aldegalega, Aldaguallega do Ribatejo, Aldegalega, Dalda Gualega ou Aldeia Gallega do Ribatejo, como registou o Foral dado por D. Manuel I, em 15 de Setembro de 1514. E tal era a confusão que, em 2 de Fevereiro de 1879, a Câmara Municipal deliberou que, doravante, se passasse a denominar Aldegalega. Em 19 de Junho de 1881, duzentos e cinco ilustres cidadãos bramaram: “Basta de sarcasmos! Chamar Galega a uma povoação de sete mil verdadeiros portugueses, parece-nos um verdadeiro absurdo”, e requereram a El-Rei D. Luís que a terra se passasse a chamar Alda. Alda? Bem, nem todos estavam de acordo com este nome e, por isso, a história registou outras propostas: Linda Aurora do Ribatejo, Vila Flor, Vila Maior do Ribatejo, Aldegalega Lusitânia, Nova Lusitânia, Lusitânia e Vila Lusa. Mas, como ninguém se entendia, a terra continuou a chamar-se Aldegalega. Em 1930, já não se tratava de uma aldeia, mas sim de uma pujante vila e correspondendo aos anseios dos seus moradores, Carlos Hydalgo Gomes de Loureiro, Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Aldeia Galega do Ribatejo, requereu, no dia 5 de Fevereiro, a mudança de nome para Montijo, nome ancestral da península e do antigo porto. Em 28 de Maio do mesmo ano, Carlos Hydalgo Loureiro justificava-se aos seus pares: «Consegui, excelentíssimos colegas, friso-o com orgulho, que o livro “Coisas da Nossa Terra” fosse lido por vários ministros e devido a essa leitura, os mortos também mandam, satisfez, em parte, o Governo os ardentes desejos dos nossos maiores. Não mais, legalmente, se chamará a esta terra Aldeia Galega do Ribatejo.» A proposta foi sancionada pelo Decreto nº. 18434, e a partir do dia 6 de Junho de 1930, a vila e o concelho de Aldeia Galega do Ribatejo passaram a denominar-se Montijo.

Fonte: montijo e tanto mar

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