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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Filhos da Terra!


Elisabete Jacinto

Elisabete Jacinto nasceu em Montijo, a 8 de Junho de 1964.
Foi professora de Geografia, autora de manuais escolares e co-autora da banda desenhada “Os portugas no Dakar” mas, é como piloto de todo-terreno que se destaca.
“Quando o desporto ainda era um hobby e os fins-de-semana eram passados com motas, amigos e muito tempo na cavaqueira- recorda Elisabete- alguém se lembrou de ir fazer uma prova de competição TT. A minha primeira corrida foi o Grândola 300 (em 1992), na qual eu não cheguei a fazer os 300 km, caí num dos rios e a mota ficou cheia de água e não a consegui levantar logo, porque tinha ido fazer essa prova com um dedo partido e tinha umas talas enormes e também a força não era muita… Mas se me perguntassem quem era a pessoa mais feliz da prova, era eu, porque tinha feito muito mais do que aquilo que estava à espera!” (in Forum Estudante). No entanto, durante esse ano, participou em várias provas, obtendo o 9º lugar na Classe 5 no 1º Troféu de TT (Motos a 4 tempos até 350cc).
Em 1993 arrecada a taça feminina no campeonato nacional de TT e obtém o 11º lugar da classe 5. Muda para uma Honda XR250 em 1994 e desce uma posição no campeonato nacional de TT (também classe 5). No entanto, nesse mesmo ano, muda a sorte no campeonato de TT espanhol, na prova “Baja de Alta Alcarria”, ficando em 5º lugar na tabela de Classificação Geral e participa na “Baja de Aragon”, prova da Taça do mundo com 650km de extensão. Em 1995 volta a mudar de mota para uma Kawasaki KDX200 e vence a categoria feminina no Campeonato Nacional de TT (fica ainda em 18º lugar na classe 4 – motos a 2 tempos com mais de 125cc). Nos anos seguintes continua as suas participações em provas portuguesas e espanholas mas, é em 1997 que se inicia em África. Neste ano participou no Rali da Tunísia com a Suzuki DR350 e arrecadou o 2º lugar na Classe Maratona até 400cc. Em 1998 participa no Rali “Paris-Dakar” com uma Suzuki DR650, sendo forçada a desistir na 7ºetapa devido a problemas mecânicos. Regressa ao “Dakar” no ano seguinte em KTM Rallye mas, mais uma vez devido a problemas mecânicos (motor partido numa travessia na Mauritânia), não o consegue terminar. No entanto ficou, neste ano, em 13º lugar na Taça do Mundo e em 1º na classe feminina. No ano 2000 faz parceria com o piloto Mário Brás em KTM Rallye. Conclui o Rali Dakar-Cairo obtendo o 49º lugar da geral e vencendo a Taça de Senhoras. Em 2001 volta ao rali “Paris-Dakar” em parceria com o piloto Pedro Machado. Fica este Rali marcado pela explosão do seu carro de assistência sobre uma mina na fronteira de Marrocos com a Mauritânia. Elisabete viu-se forçada a realizar todas as tarefas de assistência também, o que fez com que esta fosse a prova mais difícil da sua vida. Obteve, no entanto, o 56º lugar da Geral.



Neste ano ainda ficou em 13º lugar na Taça do Mundo, o 1º na classificação feminina e participou na “Copa Jimny” (iniciando-se na condução 4x4).
Em 2002, apos ter decidido não continuar a competir de mota, participa novamente na “Copa Jimny” e inicia-se na condução de TT em camiões. Estreia-se em 2003 no Rali “Telefónica Dakar” ao volante de um camião (com Charly Gotlib como navegador e David Martin como mecânico). Ainda em 2003 participa no “Rallye Aicha des Gazelles” (criado apenas para mulheres) e vence, juntamente com Sofia Carvalhosa, a categoria SUV com uma Renault Kangoo. Em 2004 retorna ao Rali “Paris-Dakar” num camião (Renault Kerax 4x4) e classifica-se em 26º lugar – Foi uma das primeiras mulheres do mundo a concluir este Rali em camião! Participou em várias outras provas da Taça do Mundo, no “Rallye Optic Tunisie” e ficou conhecida como “a 1ª mulher do Mundo a vencer uma especial ao volante de um camião”. Em 2005 participa, novamente, de camião no “Dakar” (com Olivier Jacmart e Rui Porêlo) e obtém o 24º da Geral. Estreia-se ainda no Rali ASMV Sharmrock e vence a categoria de camião. No “Dakar” de 2006 (partida iniciada em Lisboa) começa bem a prova mas vê-se forçada a desistir novamente por problemas mecânicos no seu Renault Kerax. Termina o contrato com a Renault e associa-se à MAN Portugal. Ao volante do seu novo MAN M2000, Elisabete obtém o 21º lugar da Geral e o 7º da classificação dos camiões com menos de 10 litros no “Lisboa-Dakar” de 2007. Consegue ainda um 2º lugar da Geral no Rali da Tunísia e um 1º no Rali de Marrocos.
Para além de piloto, escreve um conjunto de 2 volumes de BD (ilustrados por Luís Pinto-Coelho) onde conta de uma forma leve e divertida as suas (e de outros pilotos portugueses) aventuras no “Dakar” em moto. Valeu-lhe, em 2008, o Prémio de Melhor Cartoon Nacional nos “ VI Troféus Central Comics”, na Casa da Animação do Porto.

Por: Ana Tapadinhas

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