OS ENIGMAS DE MONTIJO!

Este texto encerra em si dois desafios. Primeiro, convido os leitores deste blog a olharem para os edifícios e as ruas tantas vezes palmilhadas sem que outra coisa não tivessem visto do que aquilo que realmente lá está. Mas o que podem esconder as paredes de um imóvel? Ainda bem que não revelam segredos, mas nós poderemos descobrir alguns. Com a sua colaboração descobriremos muito mais.
Situe-se caro leitor perto da Ermida de S. Sebastião. É certo que não pode franquear as portas, porque estão geralmente encerradas. O que terá sido este imóvel para além de local de culto? Siga as paredes do logradouro, em direcção ao poente, e o que descobre? Ainda ouve alguma coisa já que parece não ver nada? Um gemido? Um choro? Alta vai a noite… Se quiser entrar no cemitério pode fazê-lo e sempre descobrirá muitas informações acerca da história de Montijo, mas isto é passeio para outra ocasião.
Deixemos a Ermida e caminhemos em direcção à Praça da República. Não tenha pressa, porque as coisas boas da vida se fazem devagar.
Agora estamos parados em frente à Esquadra da Polícia. O que lhe diz este edifício. Já tinha reparado no telhado? Quem já se albergou debaixo dele? Loison, o famoso Maneta, terá alguma coisa a ver com a Esquadra da Polícia? Chamem a polícia!
Da esquadra avista-se o Cinema Teatro Joaquim de Almeida, actualmente, o local mais elitista – provincianismo obriga – de Montijo. Por que é que neste local uma mula foi trespassada pelos cornos de um touro tresmalhado?
Durante o passeio não deixe de admirar o conjunto de varandas e de algumas portas, cujos gradeamentos são obras de arte e que, brevemente, deixarão de existir.
Façamos uma pausa no Restaurante Sempre em Festa (passe a publicidade). Peça autorização ao proprietário para visitar o seu interior e, talvez, para lhe contar a história de um misterioso túnel, que ali foi descoberto. Que mistérios guarda este edifico?
Em frente ao restaurante está aquela que foi a mais antiga papelaria de Montijo – a Frederico. Observe bem o conjunto edificado – séc. XVII ?, Séc XVIII? -, agora não importa a data, mas que me responda às seguintes perguntas: Papelaria Frederico porquê? E o que tem a ver esta papelaria com a história do cinema em Montijo? Por outro lado, olho para o conjunto edificado e lembro-me do tempo da escravatura. Imagina o leitor as razões desta evocação?
Demos meia dúzia de passos pela Rua Direita/R. Joaquim de Almeida e afloraram dezenas de interrogações. E aqui surge o segundo desafio. Responda, também, caro leitor. Diga-nos o que sabe sobre estes edifícios ou outros de que conheça a história.
Texto Enviado Por: Rui Aleixo