Hoje damos início a uma nova rúbrica, com a fantástica colaboração de Ana Tapadinhas, em que se pretende dar a conhecer um pouco melhor a história e percurso de algumas personalidades de Montijo, como um pouco a história da nossa cidade.
DULCE PONTES
Nascida a 8 de Abril de 1969, Dulce José Silva Pontes teve o seu primeiro contacto com o publico aos 4 anos de idade, ao cantar o hino nacional em Montijo. Foi apresentada ao fado pelas mãos de seu tio, Carlos Pontes, um aficionado tauromáquico e fadista e começou a demonstrar a sua paixão pela música sobre as teclas de um piano. Frequentou o Conservatório Nacional de Música de Lisboa (até ao 4º Ano) e estudou dança contemporânea. O seu primeiro projecto musical foi, também, em Montijo, com uma banda de rock urbano (Os percapita) embora sem sucesso. Entre uma e outra participação no teatro e na televisão, foi em 1991 que atingiu o estrelato ao vencer o festival RTP da Canção (a musica “Lusitana Paixão”, alcançando o 8º lugar no festival Eurovisão da Canção do mesmo ano). Misturando o fado com os rimos quentes ibéricos, trás nos um novo conceito de fadista e projecta-se para o estrangeiro onde alcança um enorme reconhecimento.
Álbuns
Lusitana (1992)
Lágrimas (1993)
A Brisa do Coração - Ao Vivo No Coliseu do Porto (1995)
Caminhos (1996)
O Primeiro Canto (1999)
Best Of (2002)
Focus (2003)
O Coração Tem Três Portas (2006)
Momentos (2009)
Singles
Tell Me
Colectâneas
7 Cidades - 7 Cidades/Idade D'ouro/Baía Do Silêncio
La Luz Prodigiosa - La Luz Prodigiosa
Colaborações
Carlos Guilherme - Quando o Coração Chora
Paulo de Carvalho - Pomba Branca
Adelaide Ferreira - Papel Principal
Carlos Nunez - Lela
Andrea Bocell - O Mare E Tu
Uxia - A Rula
Kepa Junkera - Sódade / Maitia nun Zirá
Daniela Mercury - Milagres do Povo
Janita Salomé - Senhora do Almortão
George Delaras - Live at the Herodium (Atenas)
Ennio Morricone - DVD Arena di Verona
Júlio Pereira - CD Graffiti
Conheci-a pessoalmente numa viagem de barco (ainda os cacilheiros faziam a nossa travessia e o cais era «o cais»). Eu era adolescente e ela viajava sozinha, despreocupada, e com um sorriso nos lábios. Aproximei-me e pedi-lhe um autógrafo e, ao dizer o meu nome, ela reconheceu-o pois, segundo me disse, foi aluna do meu tio no Liceu do Montijo. Ali, por momentos, ela era uma mulher igual a todas, com a fama para trás das costas, e uma simpatia invulgar nos dias que correm. É um ícone da nossa terra e motivo de orgulho. De certo que o Montijo a acolheria acaloradamente mas, coube ao Concelho de Bragança esse privilégio. Resta-nos aguardar o seu novo trabalho que, pelo que consegui apurar, está a ser feito em parceria com músicos da Galiza (daí, em parte, a sua escolha pela aldeia de Samil).
Por: Ana Tapadinhas
2 comentários:
Adorei a escolha musical que fizeram =)
Ana Tapadinhas
Adorei a escolha musical =)
Ana Tapadinhas
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