Dou por mim embrulhado num segredo que ninguém ouve ou consegue ver. E agora vejo-me fechado em mim. Um segredo cheio de enredos e histórias encantadas, que nunca chegamos a viver. Mas, nos dias em que fomos gente, em que vivemos o nosso segredo, como quem vive a sonhar, trazias na mão todos os sonhos que me faziam acordar para o mundo. E eu dizia, "Eu não te amo", "Não te amo mais", pois já não sei amar mais, atingi o limite máximo do meu coração, e tu sorrias a seguir, porque sabias do meu amor por ti. Que raio de brincadeira esta do amor, que nos deixa assim, com uma enorme vontade infantil de voltar a ser qualquer coisa que perdemos no percurso da nossa vida. E depois acabamos a brincadeira exaustos. Eu exausto de te amar e tu exausta de me fazer cair. Não sei qual de nós mente melhor. Não sei qual de nós terá razão. A verdade é que hoje, vivo num mundo em que nada me surpreende, nem o riso de uma criança. Mas, foi assim que me deixaste, quando sei que nunca me deixas para sempre.
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