Apresentamos esta semana, não um texto lírico, mas sim pequenos versos que nos enviaram de França, talvez arrebatado pela saudade aldeana, de uma profissão que já foi gloriosa e próspera na nossa localidade e integrou mais de 500 pescadores, sendo hoje meia-dúzia de comuns mortais que seguem o mar como ofício!
Como imagem, temos uma bastante antiga do Cais, junto à ponte na zona ribeirinha, nos dias que correm!
Sou Aldeano! Sou Pescador!
Que amor! Que Dor!
Aqui no mar, chamam-me "Repaz"...
E Eu tenho que respeitar o meu capataz!
Mais um dia de faina, mais um dia de labuta!
Não apanhei enguia, sargo ou charroco, nem sequer uma chaputa...
Enfiado no barco mais do que uma semana...
Mais valia ter ficado no cais a apanhar peixe com a cana!
Chegamos ao Montijo, já se ouvem as mulheres!
Escolhe lá os peixes, ve lá os que queres!
É "pariga" para ali, é "pariga" para acolá...
O raio das mulheres não conseguem só dizer Olá!
Vou para casa, algures na Calçada!
Levo as moedas e vou a contar a semanada...
Vou para casa ali nos Pescadores!
Até à próxima, nossos Seguidores...
Gaudêncio da Silva Mendes - Houilles (Paris) - França
Aguardamos novas propostas de textos, bem dispostos como estes pequenos versos, ou em todos os formatos criativos que nos desejem enviar!
Agarrem-se às palavras!
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