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terça-feira, 27 de março de 2012

Histórias Com História!


ANTÓNIO MOURÃO

Falamos hoje de António Mourão. Dizem os velhos aldeanos e montijenses que Montijo é uma terra madrasta, querendo dizer que nela singram mais facilmente os forasteiros, que aqui aportam, do que os seus próprios filhos. E eu, que sou forasteiro, reconheço que Montijo tem uma fraca auto-estima que não lhe permite reconhecer quem aqui nasce e singra e, assim, engrandecer-se. Retirado na “Casa do Artista”, depois de uma carreira brilhante nos palcos portugueses e estrangeiros, colhendo da serenidade e da melancolia dos dias a seiva do tempo, vive um dos grandes vultos da canção nacional, o montijense António Mourão. Apagaram-se a luzes da ribalta, mas não se esfumou essa voz sempre lembrada num tempo que não volta para trás. António Mourão, de seu nome completo António Manuel Dias Pequerrucho, nasceu no dia 3 de Junho de 1936, na freguesia da Atalaia, concelho de Montijo. Inicia o seu percurso de fadista na “Parreirinha de Alfama”, em 1964, refúgio da grande fadista Argentina Santos. Antes cantara, como amador, em várias casas de Lisboa, cidade onde começara a trabalhar desde os 17 anos. Em 1965, estreia-se, no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, revista “E Viva o Velho”. Mourão sobe ao palco e canta “´Ó tempo Volta p’ra Trás”, original de Manuel Paião/Eduardo Damas, e surpreende os espectadores, que se rendem àquela voz tão singular e talentosa. !”. A Fama recolhe-o e embala-o nas suas asas propagando a canção por todos o País. O êxito da canção levará ao Maria Vitória uma multidão ávida de ouvir Mourão, a nova estrela rutilante do firmamento nacional. “Ó Tempo Volta p’ra Trás”, por mérito dos seus autores e intérprete, inscreveu-se no cancioneiro nacional, enquanto canção que vai perseguindo gerações, e o disco, então editado, ultrapassou os duzentos mil exemplares.

Por: Rui Aleixo

1 comentário:

A. Fernandes disse...

Obrigado Rui por mais este momento de história. Estando eu há mais de 30 anos no MOntijo, desconhecia que António Mourão era desta terra. Como eu, certamente haverá muitos mais nestas condições. "Ó tempo volta para traz, tras a vida que eu já vivi...". QUantas e quantas vezes cantamos isto na infancia?
Um abraço a todos.