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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Subsídios para a História do Cine-Teatro!


Quando, em textos anteriores, convidei os frequentadores deste blog a descerem a Rua da Graça, não deixei de assinalar o magnífico edifício do Cinema Teatro Joaquim de Almeida. Foi em 1943, quando a guerra devastava o mundo, que surgiram as primeiras iniciativas para a construção de um novo cinema, que viesse a substituir o velho barracão de madeira, que era o cinema de Montijo.Naquele ano, a Aliança Filme, Ld.ª –Empresa de Distribuição de Filmes Cinematográficos, com sede na cidade do Porto, apresentou uma proposta para adquirir o Cinema Joaquim de Almeida, como se denominava o velho barracão de madeira, e, em seu lugar, construir uma nova sala.
O projecto seria executado após terminada a guerra, “por virtude das dificuldades actuais da construção civil, enorme carestia de alguns materiais e carência absoluta de outros necessários a uma obra de tal envergadura”, como esclareceu então a empresa. A proposta não vingou e, no ano seguinte, a Empresa Gil, Gomes & Santos, Ld.ª, localizada em Montijo, apresentou um projecto à Inspecção-geral de Espectáculos solicitando-lhe autorização para construir um cine-teatro, na Avenida D. João IV, junto ao Parque Municipal, com lotação de 1072 lugares, distribuídos por plateia, 1º e 2º balcão e camarotes. O projecto foi reprovado pela Câmara Municipal de Montijo porque a sua localização não se enquadrava no Plano Geral de Urbanização.
A construção do novo cinema encontrou um caminho pejado de escolhos. O semanário “Gazeta do Sul”, que, desde 1941 vinha a pugnar pela construção de um novo cinema, concluía, na sua edição de 23 de Dezembro de 1945, que: «a construção dum Cinema-Teatro no Montijo começa a pertencer ao número daquelas coisas em que se deixa de acreditar.» Face ao impasse na construção de um novo edifício, a Câmara Municipal de Montijo, presidida por José da Silva Leite, instou junto à empresa proprietária do Cinema Joaquim de Almeida que o demolisse, fixando o mês de Dezembro de 1952 como prazo improrrogável. Assim veio a acontecer, mas, três anos depois, devido ao atraso verificado na construção da nova sala e à falta de alternativa, o velho barracão de madeira e zinco voltou a ser montado, desta feita no Largo das Palmeiras. Quando o cinema foi encerrado, no início do ano de 1953, a Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro ofereceu o seu salão de festas para a instalação provisória do cinema, por considerar que “o cinema é uma distracção para o maior número de habitantes desta vila”. Ignoram-se as razões da recusa desta oferta.
Foi em 1952, que a empresa proprietária do Cinema Joaquim de Almeida requereu autorização à câmara municipal para construir uma sala de espectáculos no local onde se situava a Praça de Toiros, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Montijo. Após demoradas conversações e encontrado um terreno para se erguer a nova praça de toiros, a praça de toiros foi vendida e, em seu lugar, ergueu-se, passados cinco anos, o actual Cinema-Teatro Joaquim de Almeida.

Por: Rui Aleixo

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