Vou contar o mais belo conto de Natal, que alguma existiu! Um conto que começa na Lapónia e acaba num local onde ainda ninguém descobriu! E quando tudo se preparava para mais um início espectacular de luz e cor pelas ruas de um país distante do nosso, eis que as renas não querem levantar voo! Dizem que se o gasóleo aumenta todas as semanas, elas que voam em alta velocidade e nunca tiveram um acidente, merecem mais consideração das seguradoras e um aumento no sapatinho deste ano! O Pai Natal farto de trabalhar, e ainda não ter atingido a idade da reforma, apesar de ser já bastante velhinho, também faz birra e fica em casa a ver o filme do "Sozinho em Casa", que passa pela trigésima sétima vez na televisão! O mundo desespera por alguém que lhes entre na chaminé e traga algo que preencha esta quadra de ternura, mas o tempo passa e no céu não se vê uma única estrela e está escuro como carvão! O povo começa a sair de casa e já se encontra uma multidão nas ruas, todos aos gritos e cada um com a sua teoria do porquê do Pai Natal ainda não ter entregado os presentes! Entre berros, confusões e explicações sem nexo, o frio começa a toldar as mentes e as pessoas regressam a casa, dizendo em uníssono que este foi o pior Natal de sempre! Chega então a meia-noite, que é anunciada com pompa e circunstância pelos sinos da igreja e as ruas, a igreja, tudo está vazio, sem vida, sem alma, onde não se avista uma única luz acesa nas casas desta cidade agora deserta! Foi então que se deu um milagre de Natal e uma luz intensa está mesmo à minha frente, julgando eu tratar-se de um anjo! E era de facto um anjo! Que idioma falaria um anjo pensei eu naquele segundo, afim de conseguir travar algum tipo de conversa! Mas não foi necessário falar, pois ao aproximarmos um do outro, os nossos braços ficaram entrelaçados e um beijo quente deu início à descoberta do amor, e foi naquele preciso momento, que descobri o significado do Natal!
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