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quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Histórias com História!
Casamento entre escravos. A família podia ser separada se um dos cônjuges fosse vendido
Já aqui escrevi sobre a escravatura e publiquei a notícia do testamento do padre Francisco Alves, proprietário de quatro escravos, no século XVII.
Entre os escravos do padre, fiz uma referência especial à sua escrava mulata, Margarida, que fora ricamente dotada pelo sacerdote, inclusive, com a carta de alforria, e que veio a casar com o marroteiro, homem livre dirigia o trabalho dos operários nas salinas de Aldeia Galega do Ribatejo. Margarida foi bem-sucedida no casamento. Teve uma filha, que foi dotada também pelo sacerdote.
Mão amiga fez-me chegar uma informação sobre outro casamento, em que ambos os nubentes eram escravos, e que se realizou na paróquia de Aldeia Galega do Ribatejo. No distante ano de 1578, Rodrigo Álvares, escravo, e Filipa Jorge, escrava forra, casaram na paróquia de Aldeia Galega do Ribatejo. Durante a cerimónia, o proprietário de Rodrigo levantou problemas àquela união declarando que poderia vender o seu cativo. Interrompida a cerimónia, o padre alertou a noiva sobre a questão, e esta declarou que iria com o seu marido se ele fosse vendido. Unidos pelo amor na alegria e na desgraça.
Fonte: montijo e tanto mar
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