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terça-feira, 13 de março de 2012

Histórias Com História!


Os Pescadores de Aldeia Galega / Montijo

O estuário do Rio Tejo, sempre teve uma grande quantidade de peixe das mais variadas espécies: tainhas, linguados, enguias, corvinas, xarrocos, chocos, azevias, fanecas, safios e outras. No século XIX e na primeira metade do século XX, existiam no estuário grande quantidade de ostras, que eram exportadas para outros países da Europa. Nos anos trinta do século passado vendiam se ostras do Montijo nos restaurantes de Paris. Existiu sempre um pequeno núcleo de pescadores em Aldeia Galega. No entanto nos fins do século XIX princípios do século XX a pesca atingiu expressão económica no concelho com um máximo de pescadores inscritos em 1906 = 400. Por esta altura a pesca devia ser cerca de 10% do produto do concelho, quando a população era de 11.000 habitantes. Em 1939 os habitantes eram mais de 25.000 e os pescadores 300, pelo que o produto da pesca deve ter ficado por cerca de 3% do total. A armação era a única pesca que estava organizada por companhas de cerca de dez ou doze homens, que tinham um arrais que era o proprietário do barco principal e que dispunha da licença para pescar. A pesca da armação foi sempre muito polémica, porque os técnicos especialistas nestas matérias, entendiam que o Rio Tejo era um local de excelência para a desova das criações e o peixe miúdo ficava enforcado nas redes. Várias vezes a pesca da armação foi proibida por lei mas como os pescadores eram pobres e ficavam sem possibilidade de meios de subsistência, os governosforam facilitando até que nos anos noventa foram abatidos os últimos barcos com indemnização aos seus proprietários e acabou definitivamente a pesca da armação ou tapa esteiros, que é proibida por lei. No ano 2000 só foram passadas dez licenças para pesca à linha, redes de arrastos, redes de emalhar e redes de tresmalha. Hoje praticamente não existe pesca profissional e alguns pescadores que ainda aparecem já estão reformados. Os pescadores de Aldeia Galega / Montijo fazem parte da nossa história e das nossas raízes mais profundas. Embora tivessem quase sempre uma expressão económica reduzida em relação à agricultura e à indústria, a pesca talvez por ser uma profissão de risco, teve sempre um grande afecto da totalidade da população do concelho. As Festas Populares de S. Pedro com início em 1951, tiveram origem nas antigas festas dos pescadores em honra de São Pedro, seu padroeiro.

Por: José Bastos

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