O jogo era de nervos. O Estádio Vila Amália, em Sesimbra, recebia no domingo uma "final" que opunha o Desportivo local ao Olímpico do Montijo, orientado pelo ex-internacional Fernando Mendes. O vencedor garantia a subida à 3.ª Divisão e o desafio até começou com 23 minutos de atraso, porque os visitantes não entregaram a tempo o modelo 143 - onde constam os intervenientes na partida - à equipa de arbitragem. Resolvido o problema, estava-se longe de prever a cena de pugilato protagonizada pelo guarda-redes forasteiro, que defendeu as balizas da selecção nacional de futebol de praia.
Decorria o minuto 78. Persistia o empate a zero. Eis quando uma bola rematada para a baliza do Olímpico deixa o guardião Paulo Rodrigues mal no lance e o Sesimbra a ganhar. Às provocações dos adeptos, que lhe chamaram "frangueiro", respondeu Rodrigues com palavras que foram escutadas pelo auxiliar. Este informou o árbitro André Narciso - da 3.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal -, que expulsou o guarda- -redes, que não se conteve e respondeu a murro. Deu um soco em André Narciso e repetiu a "dose" no auxiliar. De seguida correu para junto do banco do Sesimbra e pontapeou um adversário. Só a GNR parou a ira de Rodrigues, acabando o guarda-redes por ser detido em campo. Foi conduzido ao balneário, onde tomou banho antes de seguir para o posto da Guarda, acompanhado por cinco militares para ser identificado, devido à queixa efectuada pelos árbitros. O jogo esteve interrompido, tendo o juiz considerado que havia condições para reatar a partida, face à presença de cerca de 50 efectivos da GNR. O Sesimbra ainda apontou um segundo golo enquanto perto do final do encontro o Olímpico reduziu para 2-1.
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