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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Fado do Montijo!

Aqui está um belo vídeo com o Fado do Montijo, música essa que enche de orgulho os habitantes desta bela localidade! Disfrutem desta magnífica interpretação!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PAULO FUTRE - Eterno Mágico da Bola

Paulo Jorge dos Santos Futre, Natural do Montijo, nasceu em 26 de Fevereiro de 1966!

Aos 13 anos tinha corpo franzino, mas já um jeito malandro, diferente, de jogar à bola. Eram os segredos que o pai lhe ensinara no pequeno terraço, com menos de 40 metros quadrados, da sua casa, no Montijo. Pequenino, dormia com uma... bola na cama, como se fosse um ursinho de pelúcia, em todos os seus sonhos uma bola havia. «Meu pai, embora nunca tivesse sido profissional, jogou no Montijo, no Amora e no Cova da Piedade. Era um esquerdino nato. Saio a ele em tudo, até esse jeito herdei dele. Era empregado de escritório, apoiava-me muito, ensinava-me, com a paciência de um professor, os segredos do domínio da bola, as fintas, os bamboleios do corpo para enganar os adversários. Minha mãe era doméstica, não percebia nada de futebol, ralhava-me quando chegava a casa com os joelhos deitados abaixo, pedia-me que me deixasse dessas traquinices, que estudasse». Estudou pouco. «Chumbei dois anos e abandonei os estudos, ao fim do segundo ano do ciclo.» José Paulo Futre compreendeu a opção do filho. Com algum sentido visionário. O seu futuro, a sua estrada de Damasco eram os seus pés, sobretudo o... esquerdo. Depressa o percebeu. Por isso, nem sequer se aborrecia quando o dono da gasolineira que havia perto de casa o procurava, iracundo, dizendo-lhe que o Paulo voltara a fazer disparates dos seus! «Muitos vidros paguei, não eram pequenos os prejuízos, sei que a primeira conta, no início dos anos 70 foi de... 92 escudos! Nunca mais me esqueci da verba.»
Em 1978 Paulo Futre espalhou, os primeiros sinais de talento imenso, jogando futebol de cinco pelo Cancela do Montijo, na Onda Verde, torneio promovido pela DGD, para promoção do futebol em Alvalade. De tal modo brilhou que foi convocado para competição similar, em Rocheville, na França, de lá voltando com o título de melhor jogador. «No Aeroporto da Portela estava o sr. Aurélio Pereira para me convidar para ir para o Sporting. Chegámos logo a acordo.» Começava, assim, a lapidar-se o diamante...
Aos 15 anos, ainda parecia uma minhoquinha. Era preciso que crescesse mais, que os músculos se fortalecessem, isso se fez graças a doses por vezes industriais de vitaminas. Por essa altura, o rapaz que nunca disfarçava o ar ensonado — que dormia em qualquer lado, desde que encontrasse encosto, ainda hoje assim é... já era profissional de futebol, nunca ninguém o fora tão cedo, vivendo no Centro de Estágio de Alvalade, para evitar a maçada das viagens de barco para os treinos.
Sabia-se, também, que no final do contrato que assinara com o Sporting, até 1986/87, ganharia 100 contos por mês e que só sonhava ter um grande carro, «um BMW a sério»... Outras confidências faria, por essa altura, a Rui Santos, que, pouco antes, dele dissera que nascera um novo Chalana: «Álcool? Nada. Não gosto. Bebo uma cervejinha quando tenho muita sede. Acompanho a comida com água. Tabaco? Fumo de cinco a 10 cigarros por dia. No Sporting sabem que fumo, mas não o faço ao pé deles. Na Selecção posso fumar. Não me proíbem. Mas evito fumar à frente dos responsáveis. Não sinto, para já, que o tabaco me afecte durante os jogos. O meu pai? Também sabe, mas não puxo de um cigarro ao pé dele...»
Lançado por Venglos em 1984, Futre era praticamente titular no Sporting, mas ganhava cinco vezes menos que quase todos os suplentes que o clube tinha. Por isso, o pai esboçou aquilo que julgava ser a justa proposta para renovação de contrato, pediu ao filho que a entregasse a Armando Biscoito. Paulo chegou a casa a chorar. «Chamaram-me maluco!» Mas o F. C. Porto já estava na jogada, Pinto da Costa tinha contas para ajustar, porque, havia pouco, João Rocha lhe arrebatara Sousa e Jaime Pacheco, a troco de 30 mil contos oferecidos a ambos, por dois anos. No primeiro dia de Agosto, como o Sporting não lhe devia um tostão, Paulo alegou «falta de condições psicológicas» para a sua própria rescisão. Correu para o Porto, com o pai, que, nas Antas, haveria de desabafar: «Mandaram-no tratar da vida dele e foi o que ele fez, foi tratar da vida dele para o F. C. Porto.» Mil contos por mês foi ganhar para as Antas. Com Artur Jorge explodiu. O seu futebol desconcertou. O Mundial do Méxido haveria de desfazer-lhe ilusões, de tal forma que, no regresso não calaria o lamento: «Fui uma sombra de mim próprio, sei que perdi uma grande oportunidade.»

Em Agosto de 1988, Jorge Gonçalves lançou-lhe o canto de sereia, Futre declinou, agradecendo, por «já estar comprometido com Gil». Menos de um ano depois, para descanso de Gil y Gil, que Paulo escolhera para padrinho do seu primeiro filho, revalidação do contrato com o Atlético, a troco de 200 mil contos por ano. Não muito depois, o horizonte começou a anuviar-se, em Abril de 1990, Futre confidenciou que estava farto do Atlético, a cabeça esquentou, de uma vez foi expulso por «chamar tudo ao árbitro», sendo multado em... 20 mil contos.
O presidente da Roma falou com Jesus Gil, que lhe pediu milhão e meio de contos para dispensar a sua pérola. Passavam, quase todos os dias, treinadores pelos colchoneros, mas, cada vez mais, era por Artur Jorge que Futre se mostrava fascinado. Por isso, quando Artur foi para o Paris Saint-Germain, Paulo sentiu que talvez tivesse chegado a hora de mudar de ares, que era o que mais queria. Os franceses mostraram-se dispostos a despender seis milhões de dólares para que a transferência se concretizasse, mas, em Abril de 1992, queixando-se de que o PSG se portara mal consigo, Futre asseveraria que ficaria, em definitivo, no Atlético. Dois meses depois, a conquista da Taça, graças a um golo seu e mais um daqueles desabafos, eufóricos, que o caracterizam: «Nem queria acreditar, o rei à minha espera, para, embevecido, me dizer que jogara muito bem, que aquela Taça me assentava magnificamente.» O clube entrou em crise profunda. Gil aceitou, enfim, negociar Futre, pedindo 750 mil contos a Sousa Cintra, em Janeiro de 1993. O Benfica ganhou a corrida, Futre ficou a ganhar 30 mil contos por mês. Era investimento para ganhar o Campeonato, mas o F. C. Porto levou a melhor, para os benfiquistas a consolação da Taça, em mais um memorável espectáculo-Futre.
Tentando a fuga para a frente, quando os tentáculos da crise se espalhavam por todo o lado, com o futuro hipotecado à ambição louca de ter Futre só por tê-lo, Jorge de Brito vendeu o passe de Paulo ao Marseille, em negócio de 900 mil contos que se saberia quando estoirou o escândalo da corrupção. Na despedida, uma farpa — ou um petardo: «O ambiente no balneário era mau, como eu compreendo Pacheco e Paulo Sousa! Aquele Benfica é... nada!»
De França saltou para a Reggiana, mas o sonho de pequenino de jogar no calcio depressa se volveu pesadelo. Logo na estreia, lesão grave. Depois, o Milan. Duas operações, dias do martírio entrecortados apenas pelos sonhos que ainda não morreram em si. De tal modo que quando os americanos do Metro Stars o tentaram convencer a jogar no primeiro campeonato dos Estados Unidos, ao lado de Donadoni, Capello opôs-se, acreditando que, em breve Futre estaria a 100 por cento. Não ficou. Em Dezembro de 1996, anunciou, com pompa e circunstância, o final da carreira, mas pouco depois regressou ao futebol no Atlético Madrid. Não penduraria, definitivamente, as botas sem, antes, jogar no Japão.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Uma Pequena História da nossa Grandiosa Localidade!


A História do concelho do Montijo está intensamente ligada ao rio Tejo já que uma grande área do seu território é por ele delimitada. As favoráveis condições naturais terão estado na origem da presença humana desde o Paleolítico; assim o comprovam testemunhos arqueológicos encontrados na região.

Na génese do concelho de Aldeia Galega está o concelho mais amplo do Ribatejo, remontando este ao séc. XII. A sua área integrava duas freguesias, Santa Maria de Sabonha e São Lourenço de Alhos Vedros, no séc. XIV elevadas a concelho. Sabonha virá, no séc. XV, a dar origem aos concelhos de Alcochete e de Aldeia Galega do Ribatejo, sendo este o único a conservar o topónimo original.

Os habitantes das localidades de Sarilhos, Lançada, Aldeia Galega, Montijo, Samouco e Alcochete dedicavam-se à pesca, à exploração de salinas e à produção de vinho. O abastecimento de vinho, sal e frutas, quer a Lisboa, quer aos navios fundeados no Tejo, estava na origem do intenso movimento de embarcações, nomeadamente, barcas e batéis A barca de Aldeia Galega destinava-se, especificamente, ao transporte de lenha.

Durante a regência de D. Pedro (1439-1446), sendo Mestre da Ordem de Santiago seu irmão, o infante D. João, foi construída uma estacada, obra de engenharia importante para a época, que impediu o assoreamento do rio, tornando mais fácil a navegação fluvial para Aldeia Galega.

O desenvolvimento da localidade justificou a atribuição de foral em 15 de Setembro de 1514 pelo rei D. Manuel I. Desconhecendo-se a razão, o mesmo monarca voltou a atribuir novo foral em 17 de Janeiro de 1515, desta vez um único diploma para duas vilas: Aldeia Galega do Ribatejo e Alcochete. Em 1533 o Correio-Mor estabeleceu em Aldeia Galega a sede principal da Posta do Sul, serviço que assegurava o transporte de correspondência. Desde então começaram a passar inúmeros viajantes, vindos de Lisboa, com destino ao Sul ou a Espanha. Em 1574 foram redefinidos os limites dos concelhos de Aldeia Galega e de Alcochete.

Em Dezembro de 1640 o Duque de Bragança, futuro D. João IV, no caminho para Lisboa, onde viria a ser aclamado rei, pernoitou em Aldeia Galega. Outros monarcas também por aqui haveriam de passar: D. João V, D. João VI, ainda príncipe herdeiro, D. Maria II.

No decorrer do séc. XVIII assistiu-se a uma mudança gradual da economia local: a preponderância das actividades ligadas ao rio e à agricultura cedeu lugar às actividades comerciais e industriais, nomeadamente, ao comércio e transformação de gado suíno. Paralelamente fixaram-se inúmeros alentejanos em Aldeia Galega.

A importância da sua situação geográfica, como via de ligação entre Lisboa, o Sul do país e a fronteira, é evidenciada num Decreto emitido durante o reinado de D. Maria II, que definia, no contexto das necessidades de reparação das estradas do país, como prioritária a estrada de Aldeia Galega do Ribatejo ao Caia e de Lisboa ao Porto, pela sua relevância para a economia do país. Face ao assoreamento do rio e procurando garantir o fácil movimento de pessoas, que agora a Mala Posta também assegurava, viaturas e mercadorias, em 1852 o Governo mandou construir uma ponte – cais de 315 metros de comprimento.

Na segunda metade de Oitocentos, nas férteis terras de Aldeia Galega, cresciam cereais, vinho e frutas, os pinhais abundavam e rio dava peixe, marisco e sal. A sua economia agrícola e industrial, aliada à já referida situação geográfica – ponto de escala de quem pretendia alcançar a capital do reino, vindo do Sul ou da fronteira, ou de quem de Lisboa viajava para aquelas direcções -, faziam de Aldeia Galega do Ribatejo um importante entreposto comercial.

A construção do caminho-de-ferro do Sul e Sueste, ao desviar o fluxo de passageiros e mercadorias, conduziu a uma recessão económica na localidade que foi ultrapassada com o incremento do comércio e transformação de gado suíno. No início do séc. XX e até à década de 50, assistiu-se à expansão desta actividade, assim como da indústria corticeira. Paralelamente a este apogeu económico, a vila de Montijo viu surgirem importantes infraestruturas e equipamentos: a praça de touros, o mercado municipal, o cinema-teatro, a cadeia comarcã, o palácio da justiça, a reformulação do parque municipal Carlos Loureiro.

Em 6 de Julho de 1930, pelo Decreto nº 18434, a vila e o concelho de Aldeia Galega do Ribatejo passaram a denominar-se Montijo. À época era constituído por três freguesias: Montijo, Sarilhos Grandes e Canha. Em 1957 foi criada, pelo Decreto-Lei nº 41320, de 14 de Outubro, a freguesia de Santo Isidro de Pegões.

Em 14 de Agosto de 1985, com a Lei nº 32, a vila de Montijo foi elevada à categoria de cidade. Nesse mesmo ano foram criadas as freguesias de Atalaia, Pegões e Alto Estanqueiro-Jardia. Em 1989 a Lei nº 34, de 24 de Agosto, publica a criação da freguesia de Afonsoeiro.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Comboio no Montijo!

Eis uma das últimas imagens do Comboio existente no Montijo e que deixou de existir em 1987, sem nunca se perceber convenientemente as razões do seu desaparecimento!
Aqui fica a nostalgia de uma imagem, guardada para sempre na memória profunda do seu coração de muitos Montijenses!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vídeo sobre o Movimento Ultra e Adeptos do Montijo!

O início de uma nova MENTAL(C)IDADE!

Este blog situado num Mundo cada vez mais virtual, visa promover a História, Cultura, Hábitos de vida, Costumes, Acontecimentos, Cenas Bizarras ou Aventuras escritas em Prosa, vivenciadas por pessoas com ligações e raízes ao MONTIJO, tão aclamado local à beira TEJO plantado!

Ajudem-no a crescer!