História
- Montijo Portugal
- Uma Cidade orgulhosa da sua História, mesmo sendo Aldeia Galega desde 1514,reconhecida por Montijo a partir de 1930! Montijo, Capital da Felicidade! Uma Cidade, Uma Causa, MONTIJO por Amor, PORTUGAL por Devoção! Contacto: montijoportugal@gmail.com
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quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Histórias Com História!
Todas as Festas que Existiram no Montijo!
Praça da República, 1903. Festas do Divino Espírito Santo, em Aldegalega do Ribatejo!
Santa Maria de Sabonha (séc. xiv-xvi)
«Todos hão-de ir a Sabonha porquanto a dita Igreja de Sabonha é matriz de todas e [por isso] é ordenado a todos os moradores de Alcochete, Aldeia Galega, Póvoa, Samouco e Sarilhos que vão às festas principais ouvir missa à dita igreja, o que não fazem deixando esquecer a devoção de uma igreja tão antiga» - (Visitação dos Freires da Ordem de Santiago, 1525).
Aldeia Galega do Ribatejo integrava então o concelho dos Lugares do Ribatejo, que era constituído por minúsculas póvoas ribeirinhas da orla transtagana em poder da Ordem de Santiago. Todas elas tinham em Sabonha, um lugarejo entre Montijo e Alcochete, hoje denominado S. Francisco.
As festas em honra de Nossa Senhora de Sabonha cumpriam o calendário das romarias medievais bem descritas no cancioneiro português, com profundo sentimento religioso.
A distância que separava a localidade das demais e a construção de novas igrejas próximo mais próximas das populações são algumas das causas que explicam que os fiéis tivessem deixado de concorrer à igreja de Santa Maria de Sabonha.
Divino Espírito Santo (séc. xv-xx)
A Igreja do Divino Espírito Santo foi construída no século xv, sendo de admitir que, nesta data, já se celebrava a festa em honra do orago de Montijo, topónimo que se adopta por economia de meios.
No século xvi, existiam, em Montijo, as seguintes confrarias: Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora da Atalaia dos Barqueiros, Hospital do Espírito Santo, Nossa Senhora do Rosário, S. João, S. Pedro e Fiéis de Deus.
Cada confraria celebrava o dia consagrado ao seu patrono, entre a devoção religiosa e o prazer profano, que era levado a preceito, de tal monta que a Ordem de Santiago se viu obrigada a disciplinar as celebrações «pelos excessos que se fazem no gasto do comer à custa das confrarias», determinando que, doravante, «se não possa gastar mais à conta da confraria em festa alguma de dois mil réis.»
A Festa do Divino Espírito Santo foi, atá ao início do século xx, a mais importante de Montijo.
Na reunião municipal de 19 de Maio de 1841, ficou deliberado que «hoje avante esta Câmara e as futuras sejam protectoras daquela festa concorrendo com os meios precisos para se festejar o Orago da freguesia, que de ora em diante deverá a despesa daquela festa ser em toda a consideração para esta Câmara.» O Vereador Fiscal ficou encarregado de «promover quanto puder para que a Festa ao Espírito Santo se faça com equidade possível e bom arranjo.»
A par do apoio da edilidade, as Festas do Divino Espírito Santo sofreram as vicissitudes dos tempos e as mudanças dos homens e foram marcadas pela irregularidade na sua comemoração.
No início do século xx, após três anos de interregno, uma comissão popular decidiu reatar a tradição e realizaram as Festas do Divino Espírito Santo, que cumpriram um variado programa, do qual se destacou procissão, que saiu acompanhado por três bandas de música; a música cantada; a quermesse; as iluminações à veneziana e à moda do Minho, fogo-de-artifício, concertos arraial e tourada.
No ano seguinte, não se realizou a festa por desacordo entre os membros da comissão de festas e, em 1905, a festa foi cancelada devido à morte do presidente da câmara.
Com a implantação da República, em 1910, as Festas do Divino Espírito santo deixaram de ser celebradas.
Em 1923 e 1924, a Sociedade Filarmónica voltou a realizar as Festas sob a invocação do Divino Espírito Santo, que soaram como o canto do cisne da celebração.
S. João [séc. xvi-xxi]
No século xvi estava instituída na Igreja Matriz do Divino Espírito Santo a Confraria de S. João, que celebrava o dia do seu patrono. Pouco se sabe destas festas e durante séculos se perderam as referências às comemorações em honra deste santo.
Na reunião da Câmara Municipal de Aldegalega, de 22 de Junho de 1839, a vereação considerou «ser grave o prejuízo danificar-se a calçada arrancando dela pedras e sendo costume alguns moradores desta vila nas noites de S. João, S. Pedro e S. Marçal arrancarem pedras da mesma para afincarem pinheiros para fazer fogueiras (…)».
Exceptuando uma ou outra notícia sobre as fogueiras de S. João, as notícias vão rareando.
Em 1903, já as comemorações eram consideradas «muito insulsas», limitando-se às «tradicionais fogueiras, bichinhas, estalidos e depois dos bailes do badagulho.»
Mais tarde, em 1917, um dos jornais da vila garantia que «acabaram já nesta vila os divertidíssimos bailes populares a que o vulgo chamava de “badagulhos”. Só dois, e de bem triste aparência, há este ano. E são demais para a concorrência.»
Nos “badagulhos, «relatavam-se em canções destrambelhadas os acontecimentos mais notáveis da localidade, numa espécie de revista do ano que servia de crítica e documentário ao mesmo tempo [e onde] ao som de avinhadas vozes as moçoilas em grande roda, de braço dado com o seu derriço, lá iam em tropel, cantando ao desafio.»
Encerraram-se os “badagulhos”, apagaram-se as fogueiras e, hoje, só por mera brincadeira juvenil, talvez se veja ainda a crepitar alguma fogueira pelo S. João.
S. Sebastião [séc. xvii-xx]
A Ermida de S. Sebastião, que «fez o concelho por sua devoção», foi a primeva igreja de Montijo, e já estava edificada no século xv, em Aldeia Velha, principal núcleo de Aldeia Galega habitado por camponeses (homens da terra).
Em 1614, os mancebos solteiros por considerarem que o bem-aventurado Mártir S. Sebastião não tinha Confraria nem Irmandade na qual fosse servido e festejado e que a sua igreja estava danificada e arruinada e o seu altar sem ornamentos e tudo abandonado, determinaram tomar o santo mártir por «seu protector e advogado.»
Nos termos do “Compromisso da Irmandade do Bem Aventurado Mártir S. Sebastião Instituída pelos Mancebos Solteiros Desta Vila de Aldegalega do Ribatejo na Igreja do Santo Mártir, Que Foi Freguesia”, que foi confirmado por Alvará de Filipe II, em 20 de Fevereiro de 1615, «em cada ano, a 20 de Janeiro, no mesmo dia do Santo se faça a sua festa [constando esta] de Missa Cantada, Pregação e Procissão Solene da Igreja Matriz até à casa do Santo.»
São escassas as notícias acerca destes festejos.
Em 1903, «uma comissão composta pelos senhores João Soares Canastreiro Sobrinho, António Joaquim da Veiga, Manuel dos Santos Rosa e José Cândido Anunciação deliberou fazer os festejos de S. Sebastião, que há muitos anos não se faziam.»
Perderam-se as notícias e a tradição.
Em 1980, por vontade dos moradores das Ruas Joaquim de Almeida e Miguel Bombarda realizaram-se umas festas, de cariz profano – comes-e-bebes, largadas e música -, que se denominaram “Festas Populares de S. Sebastião” contrapondo-se às Festas Populares de S. Pedro.
Tratou-se de um gesto de rebeldia dos moradores daquelas artérias que não aceitaram a deslocalização das largadas, que habitualmente ali se faziam, para o Bairro dos Pescadores.
Celebrado um acordo de cavalheiros entre as partes desavindas e regressadas as largadas ao local habitual, as Festas Populares de S. Sebastião celebraram-se pela última vez em 1986.
Nossa Senhora da Piedade [séc xvii-xx]
«Era no penúltimo domingo do mês de Agosto, que se realizava a feira da Piedade, na praça, junto à Igreja Matriz.
No lado norte, a poente desta praça, armavam as barracas de quinquilharias e algumas de repasto; do nascente, a então conhecida barraca da Júlia, de queijadas, bolos e refrescos, que era frequentada pelas pessoas mais em evidência da vila. E no sul, na direcção da rua Direita à rua da Praça, as bastantes barracas de repasto.
Ao canto da praça, também do lado sul, armavam os circos de ginástica e cavalinhos.
Passados três dias, desmanchavam as barracas e iam armar na Atalaia.» - Testemunho de Cândido Ventura – 1859-1953.
As Festas em honra de Nossa Senhora da Piedade tiveram notoriedade até ao século xix e eram organizadas pelos Festeiros da Festividade de Nossa Senhora da Piedade que requeriam à câmara municipal o produto do terrado da feira para ser aplicado na festa..
A última notícia deste evento remonta a 23 de Agosto de 1903. Segundo o jornal “O Domingo” os festeiros «aproveitaram as barracas por ocasião das festas do Espírito Santo» e a comemoração tinha corrido «animadíssima».
Festa da Terra [séc. xviii-xx]
É uma reminiscência do Círio (do terramoto) de Aldeia Galega, instituído em 1755, em homenagem a Nossa Senhora da Atalaia por ter salvaguardado a vila do terramoto.
Festa religiosa – procissão e missa – e profana – arraial, quermesse, cavalhadas, bailes, descantes, corridas de sacos e, mais tarde, de bicicletas, e muitos outros divertimentos.
Celebrava-se em Atalaia, no mês de Novembro e durante dois dias.
Há notícia da realização desta feita até aos primórdios do século XX.
Nossa Senhora da Conceição [séc. xix]
A festa realizava-se em Maio, durante dois dias. Além da devoção religiosa, incluía no seu programa o arraial.
Nosso Senhor Jesus dos Aflitos [séc. xix-xx?]
Local de devoção dos pescadores, a ermida de Nosso Senhor Jesus dos Aflitos, localizada na Quinta do Saldanha, ainda hoje, os recebe na lavagem efectuada no dia de S. Marçal. No século xix, ali se realizava uma festa de cariz popular, cuja origem se desconhece. Em 1902, após seis anos de interregno, houve uma tentativa malograda para as voltar a realizar. Quando já estavam «assentes algumas barracas de comes e bebes e outras» e se esperava «grande afluência do povo», o mau tempo ditou a sua lei.
Sestas [séc. xix?-xx]
Na segunda-feira dos Prazeres era costume assinalar-se o dia da Senhora dos Prazeres partindo as famílias para o campo acompanhadas de farnéis para assinalarem a entrada das sestas. A generalidade dos estabelecimentos comerciais encerrava, à tarde, «em consequência dos seus proprietários quererem ir passear com as suas famílias o resto do dia ao campo.»
No regresso, a animação era geral e os grupos entravam na vila a entoar canções, a tocar e a dançar.
Dia da Espiga [séc. xix-xxi]
Na quinta-feira da ascensão do Senhor, «foi muito povo passear ao campo. Por toda a parte se merendava com alegria. Pobres e ricos todos emigraram para os campos em bandos ruidosos de alegre convívio, a fim de colherem a espiga.
A celebração é, hoje, muito restrita, mas ainda é assinalada, havendo quem se dirija à Atalaia para apanhar a espiga, ramo composto por três espigas de trigo, três malmequeres, três raminhos de oliveira e três papoilas.
Judas [séc?-xx]
Pela Páscoa recordava-se a traição de Judas a Jesus Cristo. A tradição mantém-se até ao século xx, pendurando-se bonecos em postes que eram depois espancados e queimados pela garotada que, «armada de bons cacetes, invadia as ruas por onde passava depois de os sinos terem repicado.»
A implantação da República esfriou o entusiasmo popular para representar a morte do discípulo traidor de Cristo.
Festa da Fruta [séc. xx]
Festa organizada pela Banda Democrática 2 de Janeiro, a partir de 1921, entre os meses de Setembro e Outubro. O programa das festas cumpria-se usualmente com a exposição de frutas, concertos e um pic-nic a Rio Frio. A festa realizava-se na Praça 1.º de Maio.
Extinguiu-se no início da segunda metade do século xx.
Grandes Festas de Montijo [séc. xx]
Corresponderam ao desejo de recriação de umas festas semelhantes às do Divino Espírito Santo, que ainda perduravam na memória das gerações mais antigas. As festas só se realizaram em 1935, entre os dias 6 a 16 de Julho. Além dos elementos tradicionais em qualquer das festas já assinaladas, destacou-se a 1.ª Exposição Regional de Montijo e, do ponto de vista religioso, assinalou-se a organização de uma procissão, acontecimento que se não registava desde a implantação da República.
Fonte: Montijo e Tanto Mar
Praça da República, 1903. Festas do Divino Espírito Santo, em Aldegalega do Ribatejo!
Santa Maria de Sabonha (séc. xiv-xvi)
«Todos hão-de ir a Sabonha porquanto a dita Igreja de Sabonha é matriz de todas e [por isso] é ordenado a todos os moradores de Alcochete, Aldeia Galega, Póvoa, Samouco e Sarilhos que vão às festas principais ouvir missa à dita igreja, o que não fazem deixando esquecer a devoção de uma igreja tão antiga» - (Visitação dos Freires da Ordem de Santiago, 1525).
Aldeia Galega do Ribatejo integrava então o concelho dos Lugares do Ribatejo, que era constituído por minúsculas póvoas ribeirinhas da orla transtagana em poder da Ordem de Santiago. Todas elas tinham em Sabonha, um lugarejo entre Montijo e Alcochete, hoje denominado S. Francisco.
As festas em honra de Nossa Senhora de Sabonha cumpriam o calendário das romarias medievais bem descritas no cancioneiro português, com profundo sentimento religioso.
A distância que separava a localidade das demais e a construção de novas igrejas próximo mais próximas das populações são algumas das causas que explicam que os fiéis tivessem deixado de concorrer à igreja de Santa Maria de Sabonha.
Divino Espírito Santo (séc. xv-xx)
A Igreja do Divino Espírito Santo foi construída no século xv, sendo de admitir que, nesta data, já se celebrava a festa em honra do orago de Montijo, topónimo que se adopta por economia de meios.
No século xvi, existiam, em Montijo, as seguintes confrarias: Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora da Atalaia dos Barqueiros, Hospital do Espírito Santo, Nossa Senhora do Rosário, S. João, S. Pedro e Fiéis de Deus.
Cada confraria celebrava o dia consagrado ao seu patrono, entre a devoção religiosa e o prazer profano, que era levado a preceito, de tal monta que a Ordem de Santiago se viu obrigada a disciplinar as celebrações «pelos excessos que se fazem no gasto do comer à custa das confrarias», determinando que, doravante, «se não possa gastar mais à conta da confraria em festa alguma de dois mil réis.»
A Festa do Divino Espírito Santo foi, atá ao início do século xx, a mais importante de Montijo.
Na reunião municipal de 19 de Maio de 1841, ficou deliberado que «hoje avante esta Câmara e as futuras sejam protectoras daquela festa concorrendo com os meios precisos para se festejar o Orago da freguesia, que de ora em diante deverá a despesa daquela festa ser em toda a consideração para esta Câmara.» O Vereador Fiscal ficou encarregado de «promover quanto puder para que a Festa ao Espírito Santo se faça com equidade possível e bom arranjo.»
A par do apoio da edilidade, as Festas do Divino Espírito Santo sofreram as vicissitudes dos tempos e as mudanças dos homens e foram marcadas pela irregularidade na sua comemoração.
No início do século xx, após três anos de interregno, uma comissão popular decidiu reatar a tradição e realizaram as Festas do Divino Espírito Santo, que cumpriram um variado programa, do qual se destacou procissão, que saiu acompanhado por três bandas de música; a música cantada; a quermesse; as iluminações à veneziana e à moda do Minho, fogo-de-artifício, concertos arraial e tourada.
No ano seguinte, não se realizou a festa por desacordo entre os membros da comissão de festas e, em 1905, a festa foi cancelada devido à morte do presidente da câmara.
Com a implantação da República, em 1910, as Festas do Divino Espírito santo deixaram de ser celebradas.
Em 1923 e 1924, a Sociedade Filarmónica voltou a realizar as Festas sob a invocação do Divino Espírito Santo, que soaram como o canto do cisne da celebração.
S. João [séc. xvi-xxi]
No século xvi estava instituída na Igreja Matriz do Divino Espírito Santo a Confraria de S. João, que celebrava o dia do seu patrono. Pouco se sabe destas festas e durante séculos se perderam as referências às comemorações em honra deste santo.
Na reunião da Câmara Municipal de Aldegalega, de 22 de Junho de 1839, a vereação considerou «ser grave o prejuízo danificar-se a calçada arrancando dela pedras e sendo costume alguns moradores desta vila nas noites de S. João, S. Pedro e S. Marçal arrancarem pedras da mesma para afincarem pinheiros para fazer fogueiras (…)».
Exceptuando uma ou outra notícia sobre as fogueiras de S. João, as notícias vão rareando.
Em 1903, já as comemorações eram consideradas «muito insulsas», limitando-se às «tradicionais fogueiras, bichinhas, estalidos e depois dos bailes do badagulho.»
Mais tarde, em 1917, um dos jornais da vila garantia que «acabaram já nesta vila os divertidíssimos bailes populares a que o vulgo chamava de “badagulhos”. Só dois, e de bem triste aparência, há este ano. E são demais para a concorrência.»
Nos “badagulhos, «relatavam-se em canções destrambelhadas os acontecimentos mais notáveis da localidade, numa espécie de revista do ano que servia de crítica e documentário ao mesmo tempo [e onde] ao som de avinhadas vozes as moçoilas em grande roda, de braço dado com o seu derriço, lá iam em tropel, cantando ao desafio.»
Encerraram-se os “badagulhos”, apagaram-se as fogueiras e, hoje, só por mera brincadeira juvenil, talvez se veja ainda a crepitar alguma fogueira pelo S. João.
S. Sebastião [séc. xvii-xx]
A Ermida de S. Sebastião, que «fez o concelho por sua devoção», foi a primeva igreja de Montijo, e já estava edificada no século xv, em Aldeia Velha, principal núcleo de Aldeia Galega habitado por camponeses (homens da terra).
Em 1614, os mancebos solteiros por considerarem que o bem-aventurado Mártir S. Sebastião não tinha Confraria nem Irmandade na qual fosse servido e festejado e que a sua igreja estava danificada e arruinada e o seu altar sem ornamentos e tudo abandonado, determinaram tomar o santo mártir por «seu protector e advogado.»
Nos termos do “Compromisso da Irmandade do Bem Aventurado Mártir S. Sebastião Instituída pelos Mancebos Solteiros Desta Vila de Aldegalega do Ribatejo na Igreja do Santo Mártir, Que Foi Freguesia”, que foi confirmado por Alvará de Filipe II, em 20 de Fevereiro de 1615, «em cada ano, a 20 de Janeiro, no mesmo dia do Santo se faça a sua festa [constando esta] de Missa Cantada, Pregação e Procissão Solene da Igreja Matriz até à casa do Santo.»
São escassas as notícias acerca destes festejos.
Em 1903, «uma comissão composta pelos senhores João Soares Canastreiro Sobrinho, António Joaquim da Veiga, Manuel dos Santos Rosa e José Cândido Anunciação deliberou fazer os festejos de S. Sebastião, que há muitos anos não se faziam.»
Perderam-se as notícias e a tradição.
Em 1980, por vontade dos moradores das Ruas Joaquim de Almeida e Miguel Bombarda realizaram-se umas festas, de cariz profano – comes-e-bebes, largadas e música -, que se denominaram “Festas Populares de S. Sebastião” contrapondo-se às Festas Populares de S. Pedro.
Tratou-se de um gesto de rebeldia dos moradores daquelas artérias que não aceitaram a deslocalização das largadas, que habitualmente ali se faziam, para o Bairro dos Pescadores.
Celebrado um acordo de cavalheiros entre as partes desavindas e regressadas as largadas ao local habitual, as Festas Populares de S. Sebastião celebraram-se pela última vez em 1986.
Nossa Senhora da Piedade [séc xvii-xx]
«Era no penúltimo domingo do mês de Agosto, que se realizava a feira da Piedade, na praça, junto à Igreja Matriz.
No lado norte, a poente desta praça, armavam as barracas de quinquilharias e algumas de repasto; do nascente, a então conhecida barraca da Júlia, de queijadas, bolos e refrescos, que era frequentada pelas pessoas mais em evidência da vila. E no sul, na direcção da rua Direita à rua da Praça, as bastantes barracas de repasto.
Ao canto da praça, também do lado sul, armavam os circos de ginástica e cavalinhos.
Passados três dias, desmanchavam as barracas e iam armar na Atalaia.» - Testemunho de Cândido Ventura – 1859-1953.
As Festas em honra de Nossa Senhora da Piedade tiveram notoriedade até ao século xix e eram organizadas pelos Festeiros da Festividade de Nossa Senhora da Piedade que requeriam à câmara municipal o produto do terrado da feira para ser aplicado na festa..
A última notícia deste evento remonta a 23 de Agosto de 1903. Segundo o jornal “O Domingo” os festeiros «aproveitaram as barracas por ocasião das festas do Espírito Santo» e a comemoração tinha corrido «animadíssima».
Festa da Terra [séc. xviii-xx]
É uma reminiscência do Círio (do terramoto) de Aldeia Galega, instituído em 1755, em homenagem a Nossa Senhora da Atalaia por ter salvaguardado a vila do terramoto.
Festa religiosa – procissão e missa – e profana – arraial, quermesse, cavalhadas, bailes, descantes, corridas de sacos e, mais tarde, de bicicletas, e muitos outros divertimentos.
Celebrava-se em Atalaia, no mês de Novembro e durante dois dias.
Há notícia da realização desta feita até aos primórdios do século XX.
Nossa Senhora da Conceição [séc. xix]
A festa realizava-se em Maio, durante dois dias. Além da devoção religiosa, incluía no seu programa o arraial.
Nosso Senhor Jesus dos Aflitos [séc. xix-xx?]
Local de devoção dos pescadores, a ermida de Nosso Senhor Jesus dos Aflitos, localizada na Quinta do Saldanha, ainda hoje, os recebe na lavagem efectuada no dia de S. Marçal. No século xix, ali se realizava uma festa de cariz popular, cuja origem se desconhece. Em 1902, após seis anos de interregno, houve uma tentativa malograda para as voltar a realizar. Quando já estavam «assentes algumas barracas de comes e bebes e outras» e se esperava «grande afluência do povo», o mau tempo ditou a sua lei.
Sestas [séc. xix?-xx]
Na segunda-feira dos Prazeres era costume assinalar-se o dia da Senhora dos Prazeres partindo as famílias para o campo acompanhadas de farnéis para assinalarem a entrada das sestas. A generalidade dos estabelecimentos comerciais encerrava, à tarde, «em consequência dos seus proprietários quererem ir passear com as suas famílias o resto do dia ao campo.»
No regresso, a animação era geral e os grupos entravam na vila a entoar canções, a tocar e a dançar.
Dia da Espiga [séc. xix-xxi]
Na quinta-feira da ascensão do Senhor, «foi muito povo passear ao campo. Por toda a parte se merendava com alegria. Pobres e ricos todos emigraram para os campos em bandos ruidosos de alegre convívio, a fim de colherem a espiga.
A celebração é, hoje, muito restrita, mas ainda é assinalada, havendo quem se dirija à Atalaia para apanhar a espiga, ramo composto por três espigas de trigo, três malmequeres, três raminhos de oliveira e três papoilas.
Judas [séc?-xx]
Pela Páscoa recordava-se a traição de Judas a Jesus Cristo. A tradição mantém-se até ao século xx, pendurando-se bonecos em postes que eram depois espancados e queimados pela garotada que, «armada de bons cacetes, invadia as ruas por onde passava depois de os sinos terem repicado.»
A implantação da República esfriou o entusiasmo popular para representar a morte do discípulo traidor de Cristo.
Festa da Fruta [séc. xx]
Festa organizada pela Banda Democrática 2 de Janeiro, a partir de 1921, entre os meses de Setembro e Outubro. O programa das festas cumpria-se usualmente com a exposição de frutas, concertos e um pic-nic a Rio Frio. A festa realizava-se na Praça 1.º de Maio.
Extinguiu-se no início da segunda metade do século xx.
Grandes Festas de Montijo [séc. xx]
Corresponderam ao desejo de recriação de umas festas semelhantes às do Divino Espírito Santo, que ainda perduravam na memória das gerações mais antigas. As festas só se realizaram em 1935, entre os dias 6 a 16 de Julho. Além dos elementos tradicionais em qualquer das festas já assinaladas, destacou-se a 1.ª Exposição Regional de Montijo e, do ponto de vista religioso, assinalou-se a organização de uma procissão, acontecimento que se não registava desde a implantação da República.
Fonte: Montijo e Tanto Mar
terça-feira, 29 de maio de 2012
Imagens Antigas - Montijo!
Apresentamos hoje imagens que se tornam históricas, pelo facto de serem bilhetes na altura das Festas de São Pedro, no antigo campo Luís Almeida Fidalgo, onde jogava o Clube Desportivo do Montijo. Na primeira foto, podemos visualizar o ingresso para Pedro Abrunhosa, e no outro para Santos e Pecadores! Interessante o facto do bilhete ainda ser em Escudos!
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Só Riso & SoRRiso!
Em nova segunda-feira, apresentamos o melhor para descontrair. Assim, como imagem, podemos ver o que andam a vender, junto a quartos para alugar.
Como vídeo, pode ver os melhores momentos, os mais divertidos e hilariantes, já decorridos neste ano de 2012, só com raparigas. Divirta-se e tenha uma excelente semana!
Como vídeo, pode ver os melhores momentos, os mais divertidos e hilariantes, já decorridos neste ano de 2012, só com raparigas. Divirta-se e tenha uma excelente semana!
domingo, 27 de maio de 2012
Montijo no YouTube!
Nova pesquisa efectuada, novos vídeos carregados no YouTube. Pode visualizar as comemorações do Dia Municipal da Proteção Civil e Segurança, realizado na nossa cidade, assim como pode ficar a conhecer as bandas que participaram no IV Festival de Bandas Garagem Montijo 2012, efectuado na Escola Secundária Jorge Peixinho!
sábado, 26 de maio de 2012
Escolha a Sua Música!
A banda vencedora desta semana são os Tindersticks. Tindersticks são uma banda de indie rock, de Nottingham , na Inglaterra que se formou em 1991. Eles lançaram seis álbuns. Antes o vocalista Stuart A. Staples teve uma carreira a solo. A banda reuniu-se brevemente em 2006, mas de forma mais permanente no ano seguinte. A banda gravou várias bandas sonoras de filmes.
Continue a votar na sua banda ou música preferida, deixando na parte dos comentários o seu voto. Participe!
Continue a votar na sua banda ou música preferida, deixando na parte dos comentários o seu voto. Participe!
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Palavras Criativas!
Prometi a mim mesmo que o espaço terrestre, jamais iria servir para voar. Mas, de repente apareces na minha vida, vestida com novas asas brancas e fazes-me voar, como se o chão, fosse o céu e as estrelas o nosso condomínio privado. E eu, mantive-me ali, no ar, suspenso pelo teu abraço e sem medo de cair, mesmo quando as vertigens me assolavam a alma. Se desta vez doeu mais, não sei, nem imaginava que acontecesse outra vez. Embora estivesse preparado para isso, e ter adivinhado este desfecho. Se desta vez doeu mais, foi porque no meio de todos os acontecimentos, conseguiste baralhar-me os sentidos, me fizeste pensar que desta vez, era de vez. Não te culpo pelas promessas não cumpridas, nem em nenhum momento, fui menos feliz contigo por tal. Preencheste novamente, cada espaço do meu ser, fazendo-me esquecer as bases, nas quais já vivia sem te ter, embora estivesses sempre cá dentro. O que me revoltou desta vez, foi a tua entrega pura, o teu sorriso fácil, que me fazia esquecer para onde íamos, se é que chegamos algum dia, a ter algum caminho. Em nenhuma altura te amei pelas tuas mentiras. Essas, sempre as soube distinguir. Nunca me iludiste com palavras, nem com o facto de dizeres que, desta vez as coisas eram diferentes. Desta vez decidi perder-me e achar-me em ti. Pior, é que desta vez não me sinto perdido, como das outras vezes em que te foste embora. Desta vez, sei onde estou e sinto-me só, apenas não sei se recupero em mim, aquilo que perdi para ti. Mas desta vez, não te culpo, só te peço que me devolvas o coração. Eu junto os pedaços.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Histórias Com História!
Alguns factos interessantes, sobre o desporto e os jogos, no final do século XIX, princípio do século XX, em Montijo!
Emblema do Aldegalense Sport Club
Chinquilho e Laranjinha - 1846
A referência concelhia mais antiga está estampada num ofício do Governo Civil, de 1846, que informa que não pode ter lugar à cobrança do pagamento de selo no montante de 6.400 reis em cada ano as licenças concedidas para os jogos denominados Chinquilho e Laranjinha. Isto é, embora, hoje, o chinquilho se jogue livremente começou por ser um jogo sujeito a licença administrativa.
Jogo da Bola - 1862
No final do século XIX, apareceram vários jogos denominados de Jogos da Bola, não tendo sido possível identificar a que jogo se refere a participação do zelador municipal, de Julho de 1862, de que os donos do Jogo da Bola estacionados na vila não tinham licença, desde que “tal estabelecimento puseram.”
Eram os donos do Jogo da Bola, José Grego, residente no Bairro das Apostas; Joaquim Rodrigues Pinto, residente no Beco do Forte, e Florêncio Mão Férrea, (…) residente na Rua Direita.
Bilhar em Canha – 1863
Em Julho de 1863, o Regedor da Paróquia de Canha informava o Administrador do Concelho de Aldegalega do Ribatejo que um dos bilhares existentes na freguesia estava encerrado desde Abril, e o outro, cujo dono era Manuel Miguéns procedia à renovação do licenciamento.
Emblema do 11 Unidos Foot-Ball Club
Prova de Ciclismo – 1906
A primeira prova de ciclismo a ligar Aldegalega do Ribatejo a Almada foi organizada em 1906 e nela participaram José Cipriano Salgado Júnior, Avelino Marques Contramestre, Aurélio João da Cruz e José Augusto Saloio. Os ciclistas partiram às 7H00 da manhã. No dia seguinte, às 11H00, partiram de Almada de regresso a Aldegalega.
Em 1912, o Aldegalense Sport Club organizou outra corrida de bicicletas, em que participaram 5 ciclistas. O percurso percorrido foi: Praça da República, Estrada da Atalaia, Passil, Entroncamento e Alcochete.
As primeiras bicicletas apareceram em Aldegalega, em 1895. Nessa altura, à noite, um empregado de uma comercial lisboeta, promovia a divulgação e venda de bicicletas e ensinava as pessoas interessadas a «montar, pedalar e a equilibrar», conseguindo, assim, vender 10 bicicletas.
Raid Burrical – 1909
Quem não tem carro diverte-se com o burro, assim pensou o Aldegalense Sport Club que, em Junho de 1909, realizou um raid de burro.
Atletismo – 1913
A institucionalização do Aldegalense Sport Club dotou a vida de uma associação vincadamente desportiva.
Em Outubro de 1913, o ASC realizou, na Praça da República, umas corridas pedestres, assim classificadas: de velocidade – 100mts; de resistência, 40mts; saltos em altura – com balanço e sem balanço; saltos em comprimento – com balanço e sem balanço; e lançamento de peso.
Equipa de futebol de Aldegalega, provavelmente, na década de 20. Alguns jogadores usavam cintos para prender os calções!
Futebol - 1915
A partir da primeira década do século XX, o futebol passou a prender a atenção dos aldeanos, que improvisavam campos de futebol, onde houvesse um terreno com aptidões para a prática do “novo” desporto.
Os primeiros encontros terão sido realizados entre equipas locais, e os primeiros fora do concelho tiveram o Alcochete Foot-Ball Club como adversário. No jogo em casa, o ASC ganhou 4 – 0 ao AFC e ao deslocar-se à casa do AFC o ASC registou nova vitória, desta feita por 6 – 3.
O jornal local louvava a realização dos jogos de futebol, «pois eles são de grande utilidade, tanto sobre o ponto de vista instrutivo como educativo, baseando-se sobretudo no desenvolvimento da nossa raça que desgraçadamente tão definhada se encontra pela falta de exercícios.»
Equipa de futebol do 11 Unidos Foot-Ball Club - 1932
Futebol – 1925 – Trecho de notícia
«No domingo passado o delegado do governo neste concelho deu-lhe para embirrar com os jogadores de foot-ball que seguiam para o campo de jogo em cuecas e camisola, mas com o casaco vestido, com absoluta decência. Queria aquela autoridade impedir que os rapazes atravessassem as ruas naquelas circunstâncias.»
A notícia finaliza: «os rapazes não se importaram com a proibição da autoridade e foram equipados para o jogo.»
Despesa com um desafio de futebol – 1929
Despesa feita com o árbitro ……………………............40$00
Despesa feita com o árbitro (Hotel)………..............15$00
G.N.R. …………………………………………………….............23$10
Marcação do campo……………………………….............16$00
Papel plissado para a montra do Mosca…............. 6$00
Programas………………………………………………...........40$00
Selo para os programas………………………………………1$00
Despesa feita com o placard……………………………….6$00
Taça………………………………………………………………….83$00
Vinho (branco ou abafado) para os jogadores ……9$60
Campo de Futebol do Aldegalense Sport Club - parte poente do actual Parque Municipal. Em primeiro plano, fora do estádio, uma antiga fábrica e, mais distante, a Igreja do Divino Espírito Santo
Fonte: Montijo e Tanto Mar
Emblema do Aldegalense Sport Club
Chinquilho e Laranjinha - 1846
A referência concelhia mais antiga está estampada num ofício do Governo Civil, de 1846, que informa que não pode ter lugar à cobrança do pagamento de selo no montante de 6.400 reis em cada ano as licenças concedidas para os jogos denominados Chinquilho e Laranjinha. Isto é, embora, hoje, o chinquilho se jogue livremente começou por ser um jogo sujeito a licença administrativa.
Jogo da Bola - 1862
No final do século XIX, apareceram vários jogos denominados de Jogos da Bola, não tendo sido possível identificar a que jogo se refere a participação do zelador municipal, de Julho de 1862, de que os donos do Jogo da Bola estacionados na vila não tinham licença, desde que “tal estabelecimento puseram.”
Eram os donos do Jogo da Bola, José Grego, residente no Bairro das Apostas; Joaquim Rodrigues Pinto, residente no Beco do Forte, e Florêncio Mão Férrea, (…) residente na Rua Direita.
Bilhar em Canha – 1863
Em Julho de 1863, o Regedor da Paróquia de Canha informava o Administrador do Concelho de Aldegalega do Ribatejo que um dos bilhares existentes na freguesia estava encerrado desde Abril, e o outro, cujo dono era Manuel Miguéns procedia à renovação do licenciamento.
Emblema do 11 Unidos Foot-Ball Club
Prova de Ciclismo – 1906
A primeira prova de ciclismo a ligar Aldegalega do Ribatejo a Almada foi organizada em 1906 e nela participaram José Cipriano Salgado Júnior, Avelino Marques Contramestre, Aurélio João da Cruz e José Augusto Saloio. Os ciclistas partiram às 7H00 da manhã. No dia seguinte, às 11H00, partiram de Almada de regresso a Aldegalega.
Em 1912, o Aldegalense Sport Club organizou outra corrida de bicicletas, em que participaram 5 ciclistas. O percurso percorrido foi: Praça da República, Estrada da Atalaia, Passil, Entroncamento e Alcochete.
As primeiras bicicletas apareceram em Aldegalega, em 1895. Nessa altura, à noite, um empregado de uma comercial lisboeta, promovia a divulgação e venda de bicicletas e ensinava as pessoas interessadas a «montar, pedalar e a equilibrar», conseguindo, assim, vender 10 bicicletas.
Raid Burrical – 1909
Quem não tem carro diverte-se com o burro, assim pensou o Aldegalense Sport Club que, em Junho de 1909, realizou um raid de burro.
Atletismo – 1913
A institucionalização do Aldegalense Sport Club dotou a vida de uma associação vincadamente desportiva.
Em Outubro de 1913, o ASC realizou, na Praça da República, umas corridas pedestres, assim classificadas: de velocidade – 100mts; de resistência, 40mts; saltos em altura – com balanço e sem balanço; saltos em comprimento – com balanço e sem balanço; e lançamento de peso.
Equipa de futebol de Aldegalega, provavelmente, na década de 20. Alguns jogadores usavam cintos para prender os calções!
Futebol - 1915
A partir da primeira década do século XX, o futebol passou a prender a atenção dos aldeanos, que improvisavam campos de futebol, onde houvesse um terreno com aptidões para a prática do “novo” desporto.
Os primeiros encontros terão sido realizados entre equipas locais, e os primeiros fora do concelho tiveram o Alcochete Foot-Ball Club como adversário. No jogo em casa, o ASC ganhou 4 – 0 ao AFC e ao deslocar-se à casa do AFC o ASC registou nova vitória, desta feita por 6 – 3.
O jornal local louvava a realização dos jogos de futebol, «pois eles são de grande utilidade, tanto sobre o ponto de vista instrutivo como educativo, baseando-se sobretudo no desenvolvimento da nossa raça que desgraçadamente tão definhada se encontra pela falta de exercícios.»
Equipa de futebol do 11 Unidos Foot-Ball Club - 1932
Futebol – 1925 – Trecho de notícia
«No domingo passado o delegado do governo neste concelho deu-lhe para embirrar com os jogadores de foot-ball que seguiam para o campo de jogo em cuecas e camisola, mas com o casaco vestido, com absoluta decência. Queria aquela autoridade impedir que os rapazes atravessassem as ruas naquelas circunstâncias.»
A notícia finaliza: «os rapazes não se importaram com a proibição da autoridade e foram equipados para o jogo.»
Despesa com um desafio de futebol – 1929
Despesa feita com o árbitro ……………………............40$00
Despesa feita com o árbitro (Hotel)………..............15$00
G.N.R. …………………………………………………….............23$10
Marcação do campo……………………………….............16$00
Papel plissado para a montra do Mosca…............. 6$00
Programas………………………………………………...........40$00
Selo para os programas………………………………………1$00
Despesa feita com o placard……………………………….6$00
Taça………………………………………………………………….83$00
Vinho (branco ou abafado) para os jogadores ……9$60
Campo de Futebol do Aldegalense Sport Club - parte poente do actual Parque Municipal. Em primeiro plano, fora do estádio, uma antiga fábrica e, mais distante, a Igreja do Divino Espírito Santo
Fonte: Montijo e Tanto Mar
terça-feira, 22 de maio de 2012
Imagens Antigas - Montijo!
Apresentamos imagens da nossa mítica praça. Assim, pode visualizar na primeira foto uma imagem do ano de 1903, por altura das festividades do Espírito Santo, sendo a outra imagem da década de 40, também da Praça da República!
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Só Riso & SoRRiso!
E já estamos em nova segunda-feira. Mas não desespere, aqui encontra motivos para começar da melhor maneira a sua semana. Assim, como imagem apresentamos um cartaz bastante sugestivo para compra de terrenos.
Como vídeo, pode visualizar os momentos mais divertidos e hilariantes que já aconteceram neste mês de maio. Divirta-se e tenha uma excelente semana!
Como vídeo, pode visualizar os momentos mais divertidos e hilariantes que já aconteceram neste mês de maio. Divirta-se e tenha uma excelente semana!
sábado, 19 de maio de 2012
Escolha a Sua Música!
A vencedora desta semana foi a eterna Madonna. Madonna Louise Veronica Ciccone (Bay City, 16 de agosto de 1958), mais conhecida como Madonna, é uma cantora, compositora, actriz, dançarina, empresária e produtora musical e cinematográfica norte-americana. Ela mudou-se para Nova Iorque em 1977 para seguir a carreira na dança moderna. Após se apresentar nos grupos musicais Breakfast Club e Emmy, ela lançou seu álbum de estreia em 1983. Em seguida, uma série de álbuns bem sucedidos a trouxeram popularidade, quebrando as barreiras do conteúdo lírico da música popular tradicional e da imagem em seus videoclipes, que se tornaram constantemente exibidos na MTV. Ao longo de sua carreira, várias de suas canções se tornaram bastante lembradas e executadas, entre elas "Like a Virgin", "Papa Don't Preach", "Like a Prayer", "Vogue", "Frozen", "Music", "Hung Up" e "4 Minutes". Madonna tem sido elogiada pela crítica por suas produções musicais diversificadas que servem ao mesmo tempo como meio de chamar atenção para controvérsias religiosas e sexuais.
Continue a votar na sua banda ou música preferida, deixando na parte dos comentários o seu voto. Participe!
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sexta-feira, 18 de maio de 2012
70 Mil Visitas!
Atingimos as 70 mil visitas. Em dois anos, conseguir uma média de 35 mil visitas por ano, é realmente um sonho inesperado. A todos os nossos visitantes e amigos um agradecimento do fundo do coração. Esperamos continuar a contribuir, para que as vossas visitas sejam constantes e sempre do vosso agrado. Esperamos por todos, nas 80 mil. Obrigado!!!
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Mensagens de Rua!
Apresentamos nova mostra do que se pode ler nas ruas do Montijo, sem que muitas vezes se dê importância ou se note sequer o que está inscrito nas paredes ou muros! Pois o que acontece é que passamos por ruas da nossa cidade e não ligamos ao que nelas se encontram, ao que essas mesmas ruas têm escondido em cada recanto da sua totalidade como espaço público! Assim sendo, fomos passear pelo Montijo e descobrimos algumas mensagens subliminares, inscritas nas paredes, descritas a tinta! Como tal, aqui deixamos algumas para descobrir, outras para recordar para sempre, pois o tempo vai encarregar-se de um dia as fazer desaparecer! Hoje apresentamos uma frase, onde a revolta começa nos corações inocentes!
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Imagens Antigas - Montijo!
Apresentamos fotos de antigos barcos que faziam a ligação até Lisboa e pertencem à história, das muitas viagens de muitos montijenses até à nossa capital. Assim, podemos visualizar imagens do Barco Lusitano e do nosso mítico cacilheiro de cor laranja que demorava uma hora a fazer a travessia!
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Só Riso & SoRRiso!
Aqui estamos em novo início de semana, com muito calor, mas sempre com boa disposição. Assim, como imagem, apresentamos um pedido de relacionamento bastante original.
Como vídeo, pode visualizar os momentos mais divertidos e hilariantes, que já se passarm neste mês de Maio! Divirta-se e tenha uma excelente semana!
Como vídeo, pode visualizar os momentos mais divertidos e hilariantes, que já se passarm neste mês de Maio! Divirta-se e tenha uma excelente semana!
domingo, 13 de maio de 2012
Montijo no YouTube!
Em nova mostra daquilo que se coloca no site de partilha YouTube sobre o Montijo, apresentamos um resumo do jogo do Olìmpico do Montijo frente ao Amora e que sagrou os jovens montijenses como campeões distritais, subindo assim ao Nacional, bem como dançar ao ritmo dos We Can Dance, classe de Hip-Hop, na sua participação no Campeonato Distrital!
sábado, 12 de maio de 2012
Escolha a Sua Música!
Os vencedores desta semana são os Slowdive. Slowdive foi uma banda de rock alternativo shoegaze formada em 1989, em Reading, Berkshire, Inglaterra, por Nick Chaplin (baixo), Goswell Rachel (vocais, guitarra), Neil Halstead (vocais, guitarra) e Christian Savill (guitarra). Vários bateristas tocaram com a banda, incluindo Ian McCutcheon, Adrian Venda, e Scott Simon.
Continue a votar na sua música ou banda preferida, deixando na parte dos comentários o seu voto. Participe!
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sexta-feira, 11 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Mensagens de Rua!
Apresentamos nova mostra do que se pode ler nas ruas do Montijo, sem que muitas vezes se dê importância ou se note sequer o que está inscrito nas paredes ou muros! Pois o que acontece é que passamos por ruas da nossa cidade e não ligamos ao que nelas se encontram, ao que essas mesmas ruas têm escondido em cada recanto da sua totalidade como espaço público! Assim sendo, fomos passear pelo Montijo e descobrimos algumas mensagens subliminares, inscritas nas paredes, descritas a tinta! Como tal, aqui deixamos algumas para descobrir, outras para recordar para sempre, pois o tempo vai encarregar-se de um dia as fazer desaparecer! Hoje apresentamos uma frase fantástica, que não necessita de explicação!
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Histórias Com História!
Iluminação Pública em Montijo! Do Azeite à Electricidade!
Praça Serpa Pinto, actual Praça da República, Julho de 1903. As Festas do Divino Espírito Santo eram iluminadas com centenas de lamparinas alimentadas a azeite, bem visíveis na fotografia.
A azeitona, acompanhou a instrução primária de muitas gerações e chamava a atenção para o azeite enquanto combustível que alimentava as candeias nos lares e nas igrejas. A Iluminação Pública também se alimentou de azeite…
Em 1841, a Câmara Municipal de Aldegalega (Montijo) ao lançar o concurso para “luz pública” impunha aos arrematantes as seguintes condições:
1. O azeite que se der deverá ser de boa qualidade e com abundância;
2. Logo que anoitecer deverão acender os candeeiros devendo apagá-los uma hora depois que fora nascida a lua;
3. Deverão ter torcidas e fazer limpeza dos referidos candeeiros;
4. Que no caso de pela noite em diante em que forem obrigados a ter os candeeiros acesos se encontre algum apagado pagarão a multa de seis mil reis para o Concelho;
5. Que todo e qualquer vidro que ele arrematante e seus criados quebrar no acto de limpeza ou por qualquer outro motivo será obrigado a pô-lo em bom estado.
Nas noites mais invernosas, o encarregado estava ainda onerado no dever de deitar mais azeite e atiçar os candeeiros «de forma a não se apagarem durante toda a noite.»
Nesta época, a lua era uma fonte primordial de iluminação porque, em noites de luar, o arrematante devia apagar os candeeiros «uma hora depois que fora nascida a lua.»
A imagem ilustra a actual Avenida dos Pescadores, no início do século XX, com os candeeiros alimentados a azeite.
Em 1845, o orçamento municipal destinava 160$000 para Despesas com Iluminação Pública – Azeite.
Não foi possível determinar quando a iluminação pública passou a ser alimentada a petróleo, embora se saiba que, em 1893, quando a câmara municipal municipalizou o serviço de iluminação pública, já esta era fornecida a petróleo.
Na reunião ordinária de 18 de Julho de 1887, a câmara analisou uma carta de «Alexandre Pomaréde, apresentando as propostas para a iluminação a gás desta vila e para particulares», e decidiu «oferecer a quantia de 800$000 para a Companhia lhe oferecer 100 bicos de gás, encarregando o sr. Vereador Francisco da Silva de assinar e comunicar com o sr. Pomaréde.»
O contrato com o sr. Pomaréde acabou por se não celebrar e, em 27 de Abril do ano seguinte, a câmara municipal recebeu um requerimento de Adolpho Blumberg, residente em Lisboa, que solicitava autorização para montar um gasómetro para fornecimento de iluminação a gás, garantindo que o número mínimo de candeeiros em vias públicas seria de 120 e o prazo do contrato por 30 anos. A câmara acabou por celebrar contrato com Adolpho Blumberg.
Em Dezembro de 1902, o jornal “O Domingo” noticiava que «alguns estabelecimentos desta vila vão ser iluminados a gás acetylene» e, três anos mais tarde, fazia saber que «o magnífico Gasómetro Cosmopolita, invento do nosso amigo José Joaquim Caminha Figueira, é dos mais aperfeiçoados até hoje conhecidos. O sr. Figueira encarrega-se da instalação.» O Teatro na vila recebeu a iluminação a gás em fevereiro de 1907.
Iluminação a gás e o petróleo vão, porém, coexistir até serem substituídas gradualmente pela iluminação eléctrica.
Actual R.Joaquim de Almeida. Posto da Polícia e Praça de Touros. Em primeiro plano, uma lanterna.
Em Maio de 1913, «acabou-se, enfim, a luz de petróleo nas salas do tribunal desta comarca, bem como nas repartições ali instaladas, achando-se já substituída pela eléctrica», como informava o jornal “O Domingo”.
Datam do princípio do século XX as primeiras iniciativas municipais para dotar a rede pública de luz eléctrica.
No dia 1 de Dezembro de 1901, a Câmara Municipal de Aldegalega celebrou contrato com a empresa Cardoso, Dargent e C.ª para o fornecimento de luz eléctrica, que foi aprovado superiormente por decreto de 16 de Dezembro de 1901.
Não tendo os concessionários iniciado a obra, dois anos após a celebração da escritura, a câmara abriu novos concursos, que vão ficando sucessivamente desertos, passando, então, a autarquia a aceitar «qualquer proposta, independentemente do caderno de encargos». Em vão.
Só em 1909, em 19 de Dezembro, a obra para fornecimento de luz eléctrica para iluminação pública e particular foi adjudicada, através de concurso, «ao sr. João da Fonseca Cruz pelo preço de 11$995 reis cada lâmpada de 16 velas.» A base do concurso foi de 180 lâmpadas e importou em 2:159$10 por ano.
Os trabalhos para a instalação da rede eléctrica iniciaram-se em 4 de Setembro de 1910 e, em 16 de Abril de 1911, a empresa «começou a fazer instalações particulares na Farmácia Giraldes e consultório médico, no estabelecimento do sr. José Cypriano Salgado e na residência do sr. José Assis Vasconcelos.»
Nesse mesmo mês são feitas as primeiras experiências «com magníficos resultados» e a rede abrange já muitas instalações particulares.
No dia 1 de Maio de 1911, Aldegalega inaugurou a sua primeira rede eléctrica.
Apesar da novidade, a iluminação pública continuava incipiente, e poucos meses após a inauguração, o jornal local chamava a atenção «da digna Câmara para a iluminação pública que, sendo eléctrica, certas ocasiões nos faz lembrar a de petróleo. Tudo acaba por falta de energia. Até a luz.»
Praça da República, década de 40. Modernos candeeiros de iluminação pública.
Fonte: Montijo e Tanto Mar
Praça Serpa Pinto, actual Praça da República, Julho de 1903. As Festas do Divino Espírito Santo eram iluminadas com centenas de lamparinas alimentadas a azeite, bem visíveis na fotografia.
A azeitona, acompanhou a instrução primária de muitas gerações e chamava a atenção para o azeite enquanto combustível que alimentava as candeias nos lares e nas igrejas. A Iluminação Pública também se alimentou de azeite…
Em 1841, a Câmara Municipal de Aldegalega (Montijo) ao lançar o concurso para “luz pública” impunha aos arrematantes as seguintes condições:
1. O azeite que se der deverá ser de boa qualidade e com abundância;
2. Logo que anoitecer deverão acender os candeeiros devendo apagá-los uma hora depois que fora nascida a lua;
3. Deverão ter torcidas e fazer limpeza dos referidos candeeiros;
4. Que no caso de pela noite em diante em que forem obrigados a ter os candeeiros acesos se encontre algum apagado pagarão a multa de seis mil reis para o Concelho;
5. Que todo e qualquer vidro que ele arrematante e seus criados quebrar no acto de limpeza ou por qualquer outro motivo será obrigado a pô-lo em bom estado.
Nas noites mais invernosas, o encarregado estava ainda onerado no dever de deitar mais azeite e atiçar os candeeiros «de forma a não se apagarem durante toda a noite.»
Nesta época, a lua era uma fonte primordial de iluminação porque, em noites de luar, o arrematante devia apagar os candeeiros «uma hora depois que fora nascida a lua.»
A imagem ilustra a actual Avenida dos Pescadores, no início do século XX, com os candeeiros alimentados a azeite.
Em 1845, o orçamento municipal destinava 160$000 para Despesas com Iluminação Pública – Azeite.
Não foi possível determinar quando a iluminação pública passou a ser alimentada a petróleo, embora se saiba que, em 1893, quando a câmara municipal municipalizou o serviço de iluminação pública, já esta era fornecida a petróleo.
Na reunião ordinária de 18 de Julho de 1887, a câmara analisou uma carta de «Alexandre Pomaréde, apresentando as propostas para a iluminação a gás desta vila e para particulares», e decidiu «oferecer a quantia de 800$000 para a Companhia lhe oferecer 100 bicos de gás, encarregando o sr. Vereador Francisco da Silva de assinar e comunicar com o sr. Pomaréde.»
O contrato com o sr. Pomaréde acabou por se não celebrar e, em 27 de Abril do ano seguinte, a câmara municipal recebeu um requerimento de Adolpho Blumberg, residente em Lisboa, que solicitava autorização para montar um gasómetro para fornecimento de iluminação a gás, garantindo que o número mínimo de candeeiros em vias públicas seria de 120 e o prazo do contrato por 30 anos. A câmara acabou por celebrar contrato com Adolpho Blumberg.
Em Dezembro de 1902, o jornal “O Domingo” noticiava que «alguns estabelecimentos desta vila vão ser iluminados a gás acetylene» e, três anos mais tarde, fazia saber que «o magnífico Gasómetro Cosmopolita, invento do nosso amigo José Joaquim Caminha Figueira, é dos mais aperfeiçoados até hoje conhecidos. O sr. Figueira encarrega-se da instalação.» O Teatro na vila recebeu a iluminação a gás em fevereiro de 1907.
Iluminação a gás e o petróleo vão, porém, coexistir até serem substituídas gradualmente pela iluminação eléctrica.
Actual R.Joaquim de Almeida. Posto da Polícia e Praça de Touros. Em primeiro plano, uma lanterna.
Em Maio de 1913, «acabou-se, enfim, a luz de petróleo nas salas do tribunal desta comarca, bem como nas repartições ali instaladas, achando-se já substituída pela eléctrica», como informava o jornal “O Domingo”.
Datam do princípio do século XX as primeiras iniciativas municipais para dotar a rede pública de luz eléctrica.
No dia 1 de Dezembro de 1901, a Câmara Municipal de Aldegalega celebrou contrato com a empresa Cardoso, Dargent e C.ª para o fornecimento de luz eléctrica, que foi aprovado superiormente por decreto de 16 de Dezembro de 1901.
Não tendo os concessionários iniciado a obra, dois anos após a celebração da escritura, a câmara abriu novos concursos, que vão ficando sucessivamente desertos, passando, então, a autarquia a aceitar «qualquer proposta, independentemente do caderno de encargos». Em vão.
Só em 1909, em 19 de Dezembro, a obra para fornecimento de luz eléctrica para iluminação pública e particular foi adjudicada, através de concurso, «ao sr. João da Fonseca Cruz pelo preço de 11$995 reis cada lâmpada de 16 velas.» A base do concurso foi de 180 lâmpadas e importou em 2:159$10 por ano.
Os trabalhos para a instalação da rede eléctrica iniciaram-se em 4 de Setembro de 1910 e, em 16 de Abril de 1911, a empresa «começou a fazer instalações particulares na Farmácia Giraldes e consultório médico, no estabelecimento do sr. José Cypriano Salgado e na residência do sr. José Assis Vasconcelos.»
Nesse mesmo mês são feitas as primeiras experiências «com magníficos resultados» e a rede abrange já muitas instalações particulares.
No dia 1 de Maio de 1911, Aldegalega inaugurou a sua primeira rede eléctrica.
Apesar da novidade, a iluminação pública continuava incipiente, e poucos meses após a inauguração, o jornal local chamava a atenção «da digna Câmara para a iluminação pública que, sendo eléctrica, certas ocasiões nos faz lembrar a de petróleo. Tudo acaba por falta de energia. Até a luz.»
Praça da República, década de 40. Modernos candeeiros de iluminação pública.
Fonte: Montijo e Tanto Mar
terça-feira, 8 de maio de 2012
Imagens Antigas - Montijo!
Recordamos mais uma página de história, em imagens da nossa localidade. Desta feita, apresentamos fotos na vertente taurina, mais precisamente de largadas realizadas no Montijo. Na primeira imagem podemos reparar no coreto existente ainda no Largo 1º de Maio, junto ao Hospital, e no aglomerado de pessoas no mesmo, desfrutando de uma das maiores tradições da nossa terra. Na segunda imagem, que é dos anos 70, já podemos reparar que as mesmas já se realizam na rua Joaquim de Almeida, onde actualmente continuam a realizar-se as largadas por altura das Festas de São Pedro!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Só Riso & SoRRiso!
Aqui estamos em nova segunda-feira, desta feita com muita chuva, mas sempre com um sorriso no rosto. Assim, como imagem apresentamos um novo fruto À venda em qualquer frutaria.
Como vídeo, pode rir e divertir-se com imagens hilariantes e bem dispostas que ocorreram no passado mês de Abril. Divirta-se e tenha uma excelente semana.
Como vídeo, pode rir e divertir-se com imagens hilariantes e bem dispostas que ocorreram no passado mês de Abril. Divirta-se e tenha uma excelente semana.
sábado, 5 de maio de 2012
Escolha a Sua Música!
Os vencedores desta semana foram os Little Dragon. Little Dragon são uma banda sueca, formada em Gotemburgo em 1996. A sua formação é a cantora Yukimi Nagano (vocais, percussão) e os seus amigos de escola, Erik Bodin (bateria), Fredrik Källgren Wallin (baixo) e Håkan Wirenstrand (teclados).
Continue a votar na sua banda ou música preferida, deixando na parte dos comentários o seu voto. Participe!
Continue a votar na sua banda ou música preferida, deixando na parte dos comentários o seu voto. Participe!
sexta-feira, 4 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Palavras Criativas!
Quero que o tempo avance à velocidade da luz. Quero que o tempo pare, ao mesmo tempo que avança. Enforco-me em pensamentos irracionais, onde a ansiedade de não saber onde me leva, está a matar-me, agindo em conjunto com este desespero que dá cabo de mim. As insónias, são agora o alimento feroz das minhas noites e, ao ver chegar mais um dia, arrasta-me a alma pelo chão. Depois vem o amor e apaixonamos-nos pela vida novamente. E quando estamos apaixonados, qualquer coisa que essa pessoa, aquela pessoa faça, põe-nos a cabeça a voar e faz o coração ficar tonto de tão feliz e, feliz de estar tão parvinho. Mas, andar apaixonado, tem as suas dificuldades e, nem sempre por mais que desejamos, conseguimos estar sempre de mãos dadas. E, naquele momento em que, aquela pessoa nos larga a mão, vira a cara e destroi-nos o coração, mata-nos a vida e o mundo, e o mundo e a vida, que sonhámos para os dois. Por isso é que digo, que não faz sentido dizermos que estamos apaixonados, prefiro antes, sentir que continuo a apaixonar-me por ti todos os dias, mesmo quando não estás. E porquê? Parece ridícula esta conversa e sem nexo, outros já tinham seguido outro caminho, ou procurado uma alternativa mais fácil, mais saudável. Talvez seja por isso mesmo, por não gostar de coisas fáceis e por gostar demais de estar com ela, com aquela pessoa, nem que seja a fazer as coisas mais chatas do mundo, do que estar sozinho ou com alguém a fazer as mais divertidas de sempre. Não importa onde estou, ou o que estou a fazer, importa estar com aquela pessoa, que nos trouxe a sorte de nos fazer apaixonar. Eu sei que as coisas não mudam de um dia para o outro, que é difícil não sentir, quando o que queremos é voltar a sentir ainda com mais força. Eu sei que as coisas continuam a ser chatas, talvez até demasiado chatas, tão chatas, que o aborrecimento é quase constante mas, nunca te esqueças, estar contigo é que é divertido.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Imagens Antigas - Montijo!
Apresentamos algumas imagens que mostram a "evolução" ou não, da nossa Praça da República! Ao longo dos anos foram feitas várias alterações e por incrível que pareça a última "obra", ou seja a forma como está actualmente a Praça é a mais polémica de todas!
1908 - Festa Inauguração Ramal Ferrovário
Praça da República - 1942 - (Ao fundo o Coreto da Banda 2 de Janeiro, no início da Avenida dos Pescadores)
Praça da República - Anos 60
Praça da República - Anos 80
Praça da República - Século XXI
1908 - Festa Inauguração Ramal Ferrovário
Praça da República - 1942 - (Ao fundo o Coreto da Banda 2 de Janeiro, no início da Avenida dos Pescadores)
Praça da República - Anos 60
Praça da República - Anos 80
Praça da República - Século XXI
terça-feira, 1 de maio de 2012
Histórias Com História!
Base Aérea N.º 6 e o Património Cultural de Montijo
Em 1953, foi inaugurada a Base Aérea N.º 6, no lugar de Montijo, parte integrante do actual Município de Montijo. O local onde se localiza aquela unidade militar encontra-se já referido no “Título da villa d Aldea galega”, registo estatístico da vila, mandado elaborar, em 1532, por D. João III. No documento pode ler-se: «Termo – Item tem hua povoaçam que se chama a Povoa hua legoa da villa a ponente que tem homze moradores (…).» Estas terras terão pertencido, provavelmente, ao então Duque de Beja, futuro Rei de Portugal, D. Manuel, e a D. Jorge, filho bastardo de D. João II, que foi Mestre da Ordem de Santiago. As gerações mais recentes ainda se lembram da Quinta da Póvoa, da Casa Branca e, noutra perspectiva, da Praia Branca, que os nossos avoengos recordam como local de saudáveis e animados pic-nics. Ao logo dos anos de permanência da Base Aérea N.º 6 em Montijo têm sido desenvolvidas relações institucionais de extrema cordialidade e cooperação entre aquela entidade e o município, que permitirão a análise serena de um eventual pedido que venha a ser formulado por este. É certo que Montijo, apesar da propaganda, não tem um museu em que possa preservar e expor as peças referidas. Contudo, a sua recuperação poderá originar a instituição efectiva de um museu que não só guarde estas peças como outras que ainda restarão. Nem se pode alegar que o tempo é de vacas magras e que não há dinheiro. A crise está a transformar-se em mágico manto que tudo explica e que permite “tirar coelhos da cartola” em função da ocasião. Os tempos de crise pedem racionalização dos investimentos, contenção das despesas, cumprimento de princípios, imaginação e dinamismo para vencer as adversidades e, também, uma ampla e transparente abertura envolvendo todos na defesa e desenvolvimento de Montijo. A defesa do nosso Património Histórico-Cultural não pode estar dependente da crise ou de qualquer Troika – tem de ser uma lídima manifestação de amor à terra e às Gentes que nos legaram este Montijo que tão mal (amamos) tratamos. Temos o usufruto desta bela terra e é nosso dever legá-la mais próspera às novas gerações. Uma terra sem Memória(s) é uma local vazio, sem personalidade, porque “o Património Histórico-Cultural é a Memória de um Povo”, como bem proclamou, há mais de trinta anos, o Círculo Histórico-Cultural de Montijo.
Fonte: Montijo e Tanto Mar
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